Alvo por narcotráfico, assessor na Câmara de Campo Grande é exonerado

O assistente parlamentar Helieverson de Souza Navarro foi exonerado na quarta-feira (3) após ter sido alvo de mandado de prisão na Câmara Municipal um dia antes. Segundo apurou o Jornal Midiamax, policiais civis à paisana compareceram à Câmara na terça-feira (2) a fim de cumprir o mandado de prisão contra o assessor, mas Helieverson não se […]

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O assistente parlamentar Helieverson de Souza Navarro foi exonerado na quarta-feira (3) após ter sido alvo de mandado de prisão na Câmara Municipal um dia antes. Segundo apurou o Jornal Midiamax, policiais civis à paisana compareceram à Câmara na terça-feira (2) a fim de cumprir o mandado de prisão contra o assessor, mas Helieverson não se encontrava no local.

De acordo com processo que corre no TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), o ex-servidor foi preso em flagrante em Juiz de Fora (MG), em agosto de 2012, por tráfico de cocaína. Ele foi condenado em primeira instância à pena de quatro anos, três meses e dez dias de prisão, em regime fechado.

A reportagem não conseguiu confirmar se o cumprimento do mandado de prisão está relacionado com o crime em MG ou se trata-se de uma nova ocorrência. Porém, uma fonte consultada pela reportagem destacou que há suspeita de que o ex-assessor manteria um veículo nas imediações da Câmara, onde droga estaria guardada.

Helieverson estava lotado no mandato da vereadora Enfermeira Cida (PROS). À reportagem, a vereadora afirmou ter sido pega de surpresa pelo ocorrido. Sem dar detalhes, ela destacou que o conheceu durante a campanha, que Helieverson tinha conduta compatível com o cargo e que nada desabonou seu trabalho durante o período em que fora nomeado, aproximadamente cinco meses.

A vereadora não soube dizer se foi feita alguma consulta de antecedentes criminais antes da nomeação. Segundo ela, o ex-assessor forneceu as documentações exigidas pelo RH da Câmara e assim ocorreu a designação para o cargo.

“Logo que a gente soube desse mandado, acionei o presidente da Casa [o vereador João Rocha (PSDB)] e ele decidiu pela exoneração. Ele [Helieverson] demonstrou bom trabalho com a gente, mas a Justiça tem que ser cumprida”, destacou à reportagem.

Também procurado pelo Jornal Midiamax, o vereador João Rocha destacou, também sem entrar em detalhes, que a exoneração é o procedimento padrão em casos como este. “Isso é imediato, temos que fazer cumprir a lei. Tinha uma situação ali que o cumprimento exigia que fizéssemos o que nós fizemos”, afirmou. “A preservação da imagem da casa é responsabilidade do presidente”, acrescentou.

Até a publicação desta matéria, a reportagem não conseguiu confirmar se o mandado de prisão foi cumprido.

Inicialmente, o Jornal Midiamax noticiou que o mandado de prisão foi cumprido por policiais federais, no entanto, conforme confirmado pela assessoria de imprensa da corporação, a prisão foi feita por policiais civis de Campo Grande. 

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