Suspeito de estupros, Tom Brasil já agrediu professora após apresentação
Vítima teve o antebraço quebrado
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Vítima teve o antebraço quebrado
Suspeito de estuprar sete alunas, o dançarino Ewerton Cesar Ferriol, o Tom Brasil, responde na Justiça por agredir uma professora, de 41 anos, momentos depois de uma apresentação em um clube de Campo Grande. Depois de ser empurrada e chutada por Tom, a vítima fraturou um osso e deslocou o antebraço.
De acordo com o registro da ocorrência, Tom e uma bailarina com quem morava se apresentavam em uma confraternização de professores no dia 15 de outubro de 2016. Por conta de rixa antiga, a parceira do coreógrafo ofendeu e fez caretas para a mulher que estava na platéia.
Após a apresentação a vítima teria ido até o camarim e jogado um copo de bebida no rosto da dançarina. Neste momento, Tom a empurrou e a mulher foi arremessada ao chão. Com a professora caída, ele teria a agredido com chutes.
A vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital do Pênfigo. Por conta da agressão, a mulher fraturou um osso e deslocou o antebraço.
Na Justiça, a primeira audiência do caso foi marcada para o dia 24 de agosto de 2017, porém, Tom Brasil não recebeu a intimação já que não foi encontrado por nenhum dos oficiais de Justiça.
Em seguida, nova audiência foi agendada para o dia 26 de outubro de 2017, mas novamente o coreógrafo não foi encontrado para receber a intimação. Somente no dia 30 de novembro do ano passado o Ministério Público Estadual teve acesso ao novo endereço de Tom, informado em seguida a Justiça.
Pela terceira vez, nova audiência sobre o caso de agressão foi marcada para o dia 15 de março deste ano.
Os abusos
Ewerton Cesar é investigado pelo estupro de pelo menos sete alunas e aguarda a conclusão das investigações em liberdade usando tornozeleira. De acordo com as vítimas, os abusos aconteciam sempre da mesma forma, com o professor marcando ensaios a sós com a vítima.
Uma das alunas do professor, de 25 anos, conta que era bolsista em sua escola de dança e que os abusos só teriam parado nos últimos 3 anos que passou na companhia, quando foram entrando novas integrantes, que se tornariam ‘novos alvos’.
Segundo ela, geralmente as meninas que ganhavam bolsa para estudar na escola passavam a enfrentar algum tipo de assédio. “Sempre começava da mesma forma. Depois de conhecer a sua rotina, ele marcava um tipo de treinamento a sós, momento em que começam as investidas”, diz.
Uma das vítimas do professor teria sido sua ex-cunhada, que teria sido agredida fisicamente com puxões de cabelo, tapas, além de ser obrigada a participar de sessões de sexo a três.
A primeira ocorrência registrada contra o professor aconteceu em setembro de 2016, quando a mãe de uma adolescente de 16 aos procurou a delegacia de polícia, após a filha contar ter sido abusada sexualmente pelo professor durante uma das aulas.
Ele teria levado a garota para o piso superior do local o de estava acontecendo a aula, e em uma sala escura, a segurado com força pelo braço e a estuprado. Outro boletim de ocorrência foi feito em 2017 por outra adolescente.
Denúncia em rede social
Uma bailarina de Campo Grande, que atualmente mora no Distrito Federal, usou as redes sociais, para denunciar que teria sofrido abusos por parte do coreógrafo e dono de uma companhia de dança da Capital.
Ela afirmou no depoimento que se não mantivesse relações sexuais com ele era cortada das apresentações. A jovem diz que ainda que era obrigada manter as relações sem o uso de preservativo e que com isso, contraiu DSTs (Doença Sexualmente Transmissível).
“Iniciei como bolsista na academia dele em 2010. Fiz parte da companhia, dancei em shows, programa de TV e qualquer outra coisa que surgisse. Saí em janeiro de 2013 quando me mudei para Brasília para fazer faculdade. Nesses dois anos fui abusada sexual, profissional, financeira, moral e psicologicamente. Eu e muitas outras meninas que passaram pelos seus ‘ensinamentos’”, diz a postagem.
A dançarina afirmou em seu post que ao contar para o coreógrafo que havia contraído DST e que suspeitava de gravidez, foi humilhada e chamada de prostituta, por várias vezes. Ela ainda diz que o professor de dança teria pedido o dinheiro do cachê pago por um bar aos bailarinos, pois a companhia estava em dificuldades financeiras. Depois disso, a jovem diz não ter mais recebido o dinheiro pelo trabalho.
Sobre fazer a denúncia anos após ter deixado o grupo de dança, ela explica que “Eu não queria ter demorado tanto a falar sobre isso, mas ainda é muito difícil. A culpa e o medo que cerca esse meu discurso as vezes pesa mais do que a vontade de falar e sanar injustiças. São poucas pessoas que sabem dessa história e hoje eu quero que todo mundo fique sabendo. Ainda com medo, ainda com vergonha”.
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