O professor de ciências de 59 anos suspeito de estuprar pelo menos sete alunos da rede municipal de ensino foi afastado de suas funções pela Semed (Secretaria Municipal de Educação). De acordo com a assessoria de comunicação da secretaria, o professor ministrava aulas há pelo menos 20 anos e neste período nunca houve qualquer denúncia contra ele.

Um procedimento administrativo foi aberto e a Semed dispôs de uma equipe psicossocial para prestar apoio e acompanhamento aos alunos e familiares das vítimas.

Conforme o delegado da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Fábio Sampaio, a polícia descobriu mais quatro possíveis vítimas do professor, sendo mais duas meninas de 11 e 12 anos, um menino de 12 e outra criança que não teve idade divulgada.

O primeiro inquérito para apurar as três primeiras denúncias está em fase de finalização para ser entregue ao Poder Judiciário. O delegado relatou que solicitou exames para comprovar o sofrido por um dos meninos.

Em depoimento, a criança disse que o estupro aconteceu no dia 24 de fevereiro em uma estrada, mas que também teria sido abusado em outras ocasiões. Também à polícia, o suspeito negou todas as acusações feitas pelos estudantes.

Testemunhas relataram que o professor era visto sempre dando caronas a um dos meninos e diante da informação, o professor afirmou ao delegado que de fato dava caronas ao estudante, mas porque o conhece desde pequeno e ambos moram no mesmo bairro.

O suspeito

Segundo a Polícia Civil, o suspeito é casado, é professor aposentado pela rede estadual de ensino e irá se aposentar pela rede municipal daqui dois anos.

Ele será indiciado pelo crime de estupro de vulnerável, mas ainda não está preso. O delegado explicou que, devido as denúncias terem ocorrido em março, o flagrante já passou e por conta disso, a polícia precisa de provas mais concretas para apresentar pedido de prisão.

E enquanto as investigações prosseguem, o professor suspeito de cometer os crimes continuava dando aulas na escola.