Polícia pede quebra de sigilo de cafetina suspeita de matar ex-superintendente da Sefaz
A polícia pediu quebra de sigilo bancário e telefônico de Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, 28 anos, suspeita de assassinar Daniel Nantes Abuchain, ex-superintendente de gestão e informação da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) do ex-governador André Puccinelli. A mulher mudou seu depoimento e agora nega a autoria do crime. Ela afirma que um […]
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A polícia pediu quebra de sigilo bancário e telefônico de Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, 28 anos, suspeita de assassinar Daniel Nantes Abuchain, ex-superintendente de gestão e informação da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) do ex-governador André Puccinelli.
A mulher mudou seu depoimento e agora nega a autoria do crime. Ela afirma que um homem que ela não conhece matou a vítima por dívida de dinheiro e cheques.
De acordo com o delegado Geraldo Marim Barbosa, da 3ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, além da quebra de sigilo, investiga o envolvimento de uma terceira pessoa no crime. “Foram feitos mais exames, de luminol inclusive para detectar se havia outra pessoa com ela no motel”, afirma Marim.
O delegado afirma que espera receber ainda essa semana os resultados dos laudos da perícia, feita no carro, no motel e no local onde o corpo foi abandonado. “De qualquer forma o prazo de dez dias já venceu e encaminhamos a Justiça o que tínhamos, junto com as novas informações apresentadas por ela”, enfatiza.
As investigações continuam entorno das novas informações de Fernanda. “Tudo indica o envolvimento de uma terceira pessoa, mas só vou conseguir afirmar isso quando receber os laudos”, finaliza o delegado.
Mudança de depoimento
Em seu depoimento anterior, Fernanda alegava que havia matado Daniel pois não aguentava mais os assédios que tanto ela quanto sua mulher sofriam pelo ex-superintendente. Os dois teriam se conhecido há um ano em baladas na cidade e desde então os assédios teriam começado. Na presença da advogada, em seu novo depoimento, Fernanda alega que assumiu autoria do crime pois estava sendo ameaçada.
Ela contou que saiu da casa de Daniel no dia 19 de novembro antes do almoço em seu carro e quando pararam em uma placa de ‘Pare’, um homem com touca entrou no veículo pela porta do passageiro traseira. O homem estava armado com um revólver e ameaçou os dois, chamando Daniel pelo nome. Ele pulou o banco traseiro e ficou no porta-malas ordenando que fossem para o motel no Jardim Noroeste.
Chegando no motel, esse homem teria os abrigado a entrar, trancou a porta e mandou que ligassem o som no último volume. Daniel e o homem passaram a discutir sobre dívida de dinheiro e cheques, quando o homem deu golpe com braço para estrangular Daniel e colocou uma toalha no rosto dele. Ela percebeu que Daniel estava sangrando e viu que o indivíduo havia desferido golpes de faca contra ele, porém alega que não presenciou este momento, já que o mesmo teria matado a vítima no banheiro do motel.
A suspeita alega ainda que foi ameaçada também pelo suposto autor, que dizia que faria o mesmo com ela caso contasse para alguém. Após matar Daniel, o homem o carregou pelos pés até o banco do passageiro do veículo que estava deitado. Eles saíram do motel e ele mandou que ela parasse na estrada próximo à Uniderp Agrárias, onde abriu a porta e empurrou com o pé o corpo de Daniel. Fernanda afirma que deixou o homem em um semáforo próximo do local.
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