Operação ‘Não Matarás’ da Polícia Civil prendeu três autores de homicídio na Moreninha

Deflagrada no início do mês de julho, a operação da 4ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, intitulada “Não Matarás”, tem o objetivo de desestimular a prática dos crimes de homicídio na região das Moreninhas, prender homicidas e tirar de circulação pessoas que cometeram outros crimes, como uso de documento falso, pessoas que devem pensão alimentícia e fugitivos do sistema prisional.

Conforme informações do delegado adjunto da 4ª DP, Tiago Macedo dos Santos, o mês foi produtivo, já que conseguiram, durante a operação, prender três autores de homicídio no bairro. Entre os presos está um homem de 22 anos, conhecido como ‘Bocão’. Ele é suspeito de matar o pedreiro Edimar da Silva Pinto, 42 anos, em frente a UPA (Unidade Pronto Atendimento) das Moreninhas no dia 28 de junho.

De acordo com o delegado, Bocão estaria sendo cooptado para ser ‘disciplina’ do PCC (Primeiro Comando da Capital), na região das Moreninhas. “O autor também havia participado de um homicídio em 2016. Nesse caso ele matou a socos e chutes um homem conhecido como ‘Chapéu’”, afirma o delegado.

Edimar foi morto por Bocão por uma dívida de drogas no valor de R$ 10. Ele foi atingido por um tiro nas costas e outro na coxa. O suspeito foi preso em sua casa no dia 10 de julho, lá a polícia encontrou a arma do crime, um revólver calibre 38 que estava escondido em um fundo falso de uma gaveta no quarto.

Outro suspeito que teve a prisão preventiva durante a operação foi o comerciante, de 38 anos da região, que em 2014, na rua Barueri matou a tiros de pistola 9mm Hewerton Goes de Camargo, 24 anos. A motivação do crime foi uma briga por terrenos. “O autor estava com uma arma de uso restrito de marca da República Tcheca, que foi apreendida”, diz Macedo.

O jovem estava na Honda Fan placa NRR-3255 quando um homem em um Peugeot branco passou, o derrubou da moto e atirou. Segundo a perícia foram deferidos cinco disparos de arma calibre 9 milímetros e pelo menos três acertaram Camargo, um no ouvido, um no pescoço e outro no tórax.

Outro caso foi o cumprimento de um mandado de prisão de um homem que após uma briga de bar acabou cometendo um homicídio, porém o delegado não soube informar o nome da vítima, já que o “crime aconteceu há muitos anos e não consta o nome no mandado de prisão e nem a data do crime”.

“Em todos esses casos é importante salientar a ajuda, de forma anônima, da população com informações sobre os crimes. Com essas informações e com a deflagração da operação, conseguimos dar mais resposta mais efetiva aos moradores do bairro na elucidação dos crimes”.

Operação

A operação teve início no mês de julho e não têm data prevista para terminar. “Não Matarás”, quinto mandamento bíblico, faz alusão a coibição de crimes de homicídio. “A vida é o bem mais valioso que uma pessoa pode ter”. Além do delegado adjunto, Tiago Macedo, também participa da operação a delegada titular da delegacia, Célia Maria Bezerra da Silva, e 20 policiais civis.