Onda de furtos e roubos leva medo a moradores e comerciantes da Vila Jacy

Moradores e comerciantes convivem com o medo constante na Vila Jacy em Campo Grande. Assustados com a onda de roubos e furtos, alguns deles resolveram contratar segurança particular para cuidar da rua e garantir mais segurança, para isso eles desembolsam R$ 60 por mês. Já outros investiram em sistema de monitoramento, cercas elétricas e já […]

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Moradores e comerciantes convivem com o medo constante na Vila Jacy em Campo Grande. Assustados com a onda de roubos e furtos, alguns deles resolveram contratar segurança particular para cuidar da rua e garantir mais segurança, para isso eles desembolsam R$ 60 por mês. Já outros investiram em sistema de monitoramento, cercas elétricas e já gastaram R$ 10 mil para ter segurança dentro da própria casa.

A aposentada Lígia Ricalde, 64 anos, contou ao Jornal Midiamax que se sente presa em sua própria casa. Moradora na rua Espanha, ele teve sua casa invadida no último dia 5, desde então ela e seus vizinhos decidiram contratar um segurança particular para “cuidar da rua”.

Lígia relatou que mora há 44 anos no bairro e o considerava tranquilo, porém ela notou que há uns dois anos o número de roubos e furtos tem aumentado no bairro. “Antes do dia cinco, minha casa era a única nessa rua que não tinha sido roubada”, conta. Mas a comemoração durou pouco.

No último dia cinco, por volta das 10h, um homem esperou que todos saíssem de casa, pulou o muro, quebrou a porta e entrou na casa, levou notebook, alimentos, relógio, tênis, kindle e até um cofrinho que tinha em torno de R$ 25 em moedas. “Ele arrancou a janela do fundo com uma enxada que ficava no quintal e para sair quebrou o cadeado do portão, só não levou mais coisas porque estava sozinho”, lamenta ela que acredita que o prejuízo passe dos R$ 5 mil.

Onda de furtos e roubos leva medo a moradores e comerciantes da Vila Jacy
Foto: Laticínio abandonado

“Acho que ele ficava vigiando minha casa pra saber a rotina, esperou para não ter ninguém e entrou. Agora tenho medo que ele volte, pois já sabe o que tem dentro da minha casa”. Depois do ocorrido, ela mudou a rotina, morando com seu filho e seus dois irmãos, eles não deixam mais a casa sozinha. “Me sinto presa em cas enquanto os ladrões estão na rua”, indigna-se.

Para ter uma sensação maior de segurança, ela juntamente com os vizinhos da rua contrataram um segurança que cobra R$60 mensais para cuidar das casas que ficam rua Espanha.

Onda de furtos e roubos leva medo a moradores e comerciantes da Vila Jacy
Momento em que autor se prepara para entrar na casa.

A reportagem do Midiamax foi até o bairro e conversou com alguns moradores, os que ainda não foram vítimas de roubos ou furtos, têm histórias de conhecidos para contar. É o caso do comerciante Ilson Amélio Benites, 40 anos, morador do bairro há 10 anos, diz que a segurança é precária, ele afirma que há uma patrulha rotineira da Polícia Militar, mas não tem sido o suficiente para intimidar os bandidos, que segundo ele, já flagrou até alguns andando em telhados de casas.

Para se prevenir, ele investiu cerca de R$ 10 mil em segurança (cerca elétrica, sistema de monitoramento). “Eu que tenho que sair de madrugada para trabalhar tenho medo, a qualquer momento posso ser surpreendido por um bandido. Quando ouço barulhos já acordo e olho as imagens das câmeras para ver o que é”.

Conforme os moradores, o problema está em um laticínio que foi desativado há 8 anos e tem servido de abrigo para andarilhos e usuários de drogas. “Eles furtam as coisas e levam para lá”, diz Ilson.

Eurélio Dias Neto, 65 anos, dono de uma borracharia no bairro, também já foi vítima de furtos. “Levaram pneus, chave de roda, material de trabalho e até coisas de clientes que estava aqui no dia, aí fica só o prejuízo. Agora fico mais tempo acordado do que dormindo para poder cuidar minhas coisas”, diz ele que acrescentou também que nem a igreja da Vila Jacy foi poupada.

“Moro há 17 anos aqui e sempre foi tranquilo, de uns dois a três anos que começou a ficar assim. Durante o dia ainda é tranquilo o problema é durante a noite”. Questionado sobre o policiamento, ele afirma que sempre passa viatura policial pelo bairro, mesmo assim os números de roubos ainda são grandes.

“Até no ponto de ônibus é perigoso ficar, minha vizinha teve a bolsa e celular levados pelos bandidos, isso durante o dia. A noite é mais perigoso ainda andar pelas ruas”, conta Nilton Alves de Souza, 58 anos, morador da rua Laudelino Barcelos há 14 anos.

De acordo com o comandante Élcio do 10º Batalhão da Polícia Militar, o bairro recebe policiamento ostensivo e também há reforço das rondas na região.

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