Homem ainda não abraçou o filho após roubo

Roberval Sanches, 58 anos, pai de Eduardo Rocha, de 26 anos, sequestrado junto com a noiva Maria Eduarda, de 21 anos, afirmou neste sábado (17) que não acreditou quando recebeu a notícia do do filho na noite desta sexta-feira (16).

“Sempre empresto o carro para o meu filho levar a noiva em casa. Fiquei acordado esperando ele voltar, como é de costume, mas a mãe dela [Maria Eduarda] me ligou para contar o que havia acontecido. Na hora não acreditei. Tremi na base, foi um impacto muito grande. É muito fora da realidade para acreditar. A gente sempre vê nas notícias, mas nunca imagina que vai acontecer com a gente”, disse.

Ainda abalado por não ter conseguido abraçar o filho após o roubo e aguardando a chegada dele em casa com diversas pessoas da família, Roberval atendeu a equipe de dentro do portão, receoso com os acontecimentos das últimas 12 horas.

“Fui para casa da mãe dela porque já tinham chamado a polícia e estavam todos concentrados lá. Ninguém dormiu a noite toda. A mãe dela teve crise de enxaqueca. Agora estamos mais aliviados, mas a ansiedade só vai passar quando eu puder ver o meu filho”.

O pai conta que a maior preocupação de todos é que os celulares dos jovens foram desligados após o sequestro e que a polícia ainda não passou maiores informações sobre o que aconteceu. “Tudo o que sabemos é que eles foram encontrados e que passam bem”. Não há informações sobre o veículo roubado, o Voyage onde ambos estavam no momento do sequestro.

Roberval também disse que Eduardo nunca comentou sobre sentir-se inseguro pela rua ao levar a noiva em casa. “Aparentemente não é um lugar onde andam pessoas suspeitas e eles também não são de ficarem dando bobeira na rua à noite”. 

O caso

O casal, que está noivo desde 2016, foi vítima de sequestro, por volta das 23h30, no Bairro Amambaí, em . Eles estacionaram o carro da família de Eduardo, um Voyage prata, na frente da casa da mãe de Maria Eduarda.

Segundo o boletim de ocorrência, os noivos foram surpreendidos por dois homens que bateram na porta do carro e forçaram a entrada. Uma vizinha viu a ação e comunicou à família de Maria Eduarda.