Lembra do Mascote? O homem que escapou com vida de dois julgamentos do PCC no final de junho sofreu um novo atentado. Desta vez, o homem, que tem 30 anos, foi alvo de uma tentativa de por volta da 1h50 desta segunda-feira (16), no Jardim Nhanhá, em Campo Grande.

Aos policiais, Mascote disse que os autores são membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Este é o terceiro atentado que ele sofre e sobrevive. Em um deles, Mascote também foi atropelado durante a fuga.

De acordo com o boletim de ocorrência, a Militar esteve no local, durante a madrugada, e foi informada que a vítima foi atingida por tiros e socorrida pelo Corpo de Bombeiros. Os policiais militares interceptaram a ambulância e encontraram “Mascote” consciente, mas ferido com dois tiros (nas coxas e nádegas).

O homem, disse em relato à PM, que os autores do crime seriam integrantes do PCC. Testemunhas forneceram os apelidos dos autores aos policiais, mas eles não foram encontrados.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga.

 Atentados e julgamentos pelo PCC

“Mascote” já havia sido vítima de atentados atribuídos a integrantes do PCC, em 25 de junho. Na data, ele sobreviveu a um Tribunal do Crime do PCC, a um e conseguiu escapar de um novo julgamento da facção criminosa.

Na época, ele foi abordado em frente de casa, em Campo Grande, encapuzado e levado para uma residência no Jardim Noroeste, onde foi torturado, por pelo menos dez pessoas. Durante um descuido do grupo que o vigiava, ele conseguiu fugir.

Durante a fuga, ele acabou sendo atropelado por um carro e populares que estavam em uma festa no bairro acionaram o Samu. Ele foi socorrido e encaminhado para unidade de saúde no bairro Tiradentes, onde ficou em observação.

Com medo de ser morto dentro do hospital, acabou fugindo pela manhã. Ao voltar para casa, ele encontrou dois integrantes do PCC que o ameaçaram de morte e disseram que iriam matar sua esposa e filha.

Assustado, ele conseguiu fugir mais uma vez e foi até a delegacia registrar um boletim de ocorrência. Aos policiais ele contou que já havia feito parte da facção criminosa PCC, mas que havia saído. Após o registro na polícia, quatro supostos integrantes do PCC foram presos.