Foi marcado para o dia 19 de julho às 8 horas da manhã, o julgamento de Roberson Batista da Silva de 33 anos, acusado de assassinar com golpes de tesoura Mayara Fontoura Holsback, de 18 anos, no dia 16 de setembro de 2017.

O júri popular foi marcado nesta terça-feira (19), quando Roberson será julgado por feminicidio. No dia 16 de abril durante a audiência o acusado disse que sustentava Mayara e que mantinha relações com outro homem.

Ainda durante o depoimento, ele contou que conheceu Mayara em julho de 2015, quando estava foragido do regime semiaberto. Roberson na época ficava com uma garota de programa que era amiga de Mayara. Mas, pouco tempo depois, os dois ficaram juntos.

Ele ainda contou que ela estava se separando do ex-namorado e que os dois viveram um relacionamento intenso: em cinco dias juntos, fizeram uma tatuagem com o nome do outro. Poucos dias depois os dois passaram a morar juntos e ele deu uma moto para Mayara.

Em outubro de 2015, ele foi preso depois de ser parado em uma blitz. Ainda assim, os dois continuaram namorando. Foi nesse período em que estava preso que ele passou a desconfiar da namorada. Roberson controlava os passos de Mayara pelo rastreador do iPhone, ligava para o porteiro para confirmar se ela estava realmente em casa. Foi assim que descobriu que Mayara ainda estava se prostituindo.

Feminicidio

​Mayara Fontoura de 18 anos foi assassinada na madrugada de 16 de setembro de 2017, na casa onde morava no Bairro Universitário, em . O suspeito teria invadido a casa da jovem para matá-la, durante a madrugada.

A jovem foi encontrada deitada na cama, enrolada apenas a um edredom, já sem vida. Vestígios de sangue foram encontrados pela polícia no quarto e o banheiro da casa e a arma do crime, uma tesoura, foi deixada pelo autor ao lado do corpo. Mayara vivia com Roberson, o autor do crime, desde 2015.

Passagens

Com mais de dez passagens envolvendo apenas casos de violência doméstica, o suspeito acabou preso em abril deste ano em cumprimento a dois mandados de prisão, uma tentativa de homicídio e uma lesão corporal, ambos os crimes contra a ex-mulher.

Roberson foi condenado pela lesão corporal a três meses de reclusão, em regime aberto e a três anos e sete meses pela tentativa de homicídio. Foi preso e fugiu do sistema prisional de Campo Grande pelo menos três vezes. Ainda assim, recebeu a liberdade provisória do dia 14 de setembro, véspera do assassinato de Mayara, por ter cumprido parte das penas e não ter “registro de falta grave em 2016”.