Na tarde dessa segunda-feira (3), a Polícia Rodoviária Federal apreendeu mais de 5 mil maços de cigarros contrabandeados do Paraguai. A carga estava em um veículo Gol. A abordagem foi feita durante fiscalização na BR-463, em , cidade distante a 313 quilômetros de Campo Grande.

Segundo informações da PRF, era realizada fiscalização de rotina quando a equipe abordou o veículo com placas de Rio Brilhante (MS), conduzido por um homem de 36 anos. Foram feitas vistorias e encontrados no interior do veículo 520 pacotes de cigarros que somaram 5.200 maços.

O condutor, juntamente com o veículo e a carga de cigarros foram encaminhados à Policia Federal de Ponta Porã (MS).

Cigarreiros em MS

Em maio deste ano, a ofensiva contra os “cigarreiros” ocorreu com a Operação Oiketikus, que contou com a participação de cerca de 125 policiais militares e nove promotores de justiça. Policiais militares suspeitos de participação no esquema entraram na mira com a prisão de mais de 20 agentes da corporação, só na primeira fase da ação.

No total, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Mato Grosso do Sul denunciou 28 dos 29 policiais presos durante as duas fases da operação, que investiga a atuação de policiais para garantir a livre movimentação da chamada “Máfia do Cigarro”. Ricardo Campos Figueiredo não entrou na lista pois está preso por obstrução de justiça, já que quebrou celulares que seriam levados como prova.

Os policiais denunciados pelo grupo são Admilson Cristaldo Barbosa, Alisson José Carvalho de Almeida, Anderson Gonçalves de Souza, Angelucio Recalde Paniagua, Aparecido Cristiano Fialho, Claudomiro de Goes Souza, Claiton de Azevedo, Clodoaldo Casanova Ajala, Elvio Barbosa Romeiro, Erick dos Santos Ossuna, Francisco Novaes, Ivan Edemilson Cabanhe, Jhondnei Aguilera, Kelson Augusto Brito Ujakov, Kleber da Costa Ferreira, Lindomar Espindola da Silva, Lisberto Sebastião de Lima, Luciano Espindola da Silva, Maira Aparecida Torres Martins, Marcelo de Souza Lopes, Nazário da Silva, Nestor Bogado Filho, Nilson Procedônio Espíndola, Oscar Leite Ribeiro, Roni Lima Rios, Salvador Soares Borges, Valdson Gomes de Pinho e Wagner Nunes Pereira.

A investigação teve início em abril do ano passado, quando a corregedoria da Polícia Militar repassou aos promotores denúncias sobre “rede de policiais militares, maioria da fronteira, envolvidos em crime de corrupção e organização criminosa”. Os promotores reforçam que militares de diferentes patentes e regiões do Estado se associaram para facilitar o contrabando.

Em troca, os militares recebiam propinas de até R$ 100 mil para fazer “vista grossa” e até repassar informações sigilosas aos contrabandistas.

Os mandados tiveram como alvo residências e locais de trabalhos dos investigados, distribuídos nos municípios de Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão, Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.