Mãe de atropelado por universitário enterrou filho pouco após vencer câncer

Jovem morava com a mãe 

Poucos meses depois de enfrentar um período difícil e vencer um câncer, a mãe do jovem Matheus Santos de 21 anos se tornou mais uma vez protagonista de uma história ruim, só que desta vez, com um final longe de ser o que ela esperava. Na manhã desta segunda-feira (12), a mulher de 42 anos enterrou o filho, morto no domingo (11) depois de atropelado no Bairro Estrela Dalva,em Campo Grande.

“Ele morava com a mãe e ela está inconsolável. Tudo fica ainda mais complicado porque ela acabou de sair de um câncer, está fragilizada. Ninguém da família esperava que um menino novo como ele iria morrer assim”, desabafa Camila de Souza, de 21 anos, prima de Matheus.

Pela maneira como o atropelamento aconteceu, a família acredita que a morte de Matheus foi um crime premeditado. “O meio do carro pegou no meu primo, se o motorista tivesse tentado desviar seria a lateral que iria atingir. Outra coisa que a gente quer que seja esclarecida é como ele conseguiu subir na calçada. Tudo está estranho e parece que foi proposital”, acredita.

Em audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (12), o estudante de medicina veterinária responsável pela morte, teve flagrante revertido em prisão preventiva. Durante a audiência, ele se manteve calado.

O acidente

Matheus Santos tinha acabado de sair da pizzaria onde trabalha como ajudante de pizzaiolo e disse para a esposa que iria comprar cervejas e, por volta das 2h, foi caminhando de casa até ao bar comprar umas latinhas.

Quando voltava para sua residência, Matheus foi surpreendido por um Fiat Uno branco que o atingiu e o jogou a vários metros do local do impacto. Ele não resistiu e morreu na hora. O motorista do veículo fugiu sem prestar socorro.

Antes da fuga, porém, o dono do bar reconheceu o rapaz que conduzia o veículo e foi até a residência dele para evitar que tentasse escapar novamente. Com isso, policiais militares chegaram e fizeram a prisão. O autor do atropelamento está detido na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

Durante as investigações, testemunhas teriam levantado a possibilidade de o atropelamento com morte estar ligado ao fato de o autor supostamente manter relacionamento com a esposa da vítima. Por isso, o Ministério Público solicitou que a prisão seja mantida, e foi atendido.