Quadrilha chefiada por PM usava até 50 laranjas para esconder patrimônio
A quadrilha chefiada por um policial militar da cidade de Mundo Novo que foi preso nesta segunda-feira (25) na deflagração da Operação ‘Laços de Família’ pela Polícia Federal, usava até 50 ‘laranjas’ para tentar esconder a movimentação financeira. E foi também a diferença entre o padrão de vida desses laranjas e a movimentação das empresas […]
Arquivo –
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A quadrilha chefiada por um policial militar da cidade de Mundo Novo que foi preso nesta segunda-feira (25) na deflagração da Operação ‘Laços de Família’ pela Polícia Federal, usava até 50 ‘laranjas’ para tentar esconder a movimentação financeira.
E foi também a diferença entre o padrão de vida desses laranjas e a movimentação das empresas nos nomes deles que despertou a desconfiança da Receita. Esses ‘laranjas’ tinham grande movimentação bancária, mas viviam de maneira simples.
A investigação, que começou em 2016, identificou entre 40 e 50 ‘laranjas’ usados pela quadrilha que atuava nos mesmos moldes da máfia: os integrantes eram todos da mesma família e com uma forte hierarquia. Os integrantes dos grupos inferiores eram chamados de ‘correrias’ e os de grupos superiores, identificados como ‘gerentes’.
Um dos presos em Naviraí seria um ‘laranja’ da organização criminosa e tinha ganhos modestos, mas chegava a movimentar mensalmente cerca de R$ 2 milhões em suas contas. “A incompatibilidade nas declarações era muito alta”, disse o auditor da Receita Federal, José Maria.
Segundo o superintendente da PF, Luciano Flores, o ‘laranja’ é utilizado pela ‘cúpula’ da quadrilha para blindar o patrimônio que a família usufruía sem serem alcançados pelas autoridades. As empresas detectadas pela investigação estavam em nomes de ‘laranjas’ usados pela quadrilha. Das 50 pessoas usadas pela quadrilha foi feito o pedido de quebra do sigilo bancário de 38.
Operação
A operação deflagrada pela Polícia Federal ‘Laços de Família’, em Mato Grosso do Sul e em mais quatro estados nesta segunda(25), prendeu um policial militar apontado como chefe da quadrilha, que atuava na região do cone-sul do Estado. O militar, que não teve o nome divulgado, seria dono de uma Ferrari, que custa mais de R$ 500 mil. Ele trabalhava em Eldorado e atuava junto à família em Mundo Novo.
Quinze integrantes da quadrilha foram presos durante a deflagração da operação no Estado. A sede ficava em Mundo Novo, onde foram presas 13 pessoas. As outras duas prisões aconteceram em Naviraí e em Eldorado.
Entre os presos está uma mulher, que estava com tornozeleira eletrônica, e ajudava no financiamento e lavagem de dinheiro da organização que atuava de forma semelhante à máfia: os chefes da organização eram da mesma família e tinham estreita ligação com a facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
Para impor medo e respeito aos adversários, o grupo praticava torturas em crimes violentos. A quadrilha era tão organizada que usava ao menos 10 empresas de fachada para lavar o dinheiro do narcotráfico.
Apreensões e prejuízo
A PF estima que, antes da operação, já tinha provocado um prejuízo de R$ 61 milhões à família com apreensões de drogas, joias, dinheiro e bens móveis e imóveis. Foram apreendidos R$ 310 mil para pagamentos de drogas, R$ 80 mil em joias, cinco embarcações, sendo quatro iates.
Desde 2016, quando as investigações começaram, foram apreendidas 27 toneladas de maconha, duas pistolas e duas camionetes.
A PF ainda não contabilizou as apreensões feitas durante a deflagração da operação.
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