O sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, , suspeito de integrar a ‘máfia dos cigarreiros', conseguiu um habeas corpus e foi solto neste sábado (19). Ele está entre os 21 policiais militares presos durante a , desencadeada pela Corregedoria da PMMS e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).

A liminar que concedeu o habeas corpus, relaxando a prisão preventiva determinada pela Justiça no dia 17,  é assinada pelo desembargador Paschoal Carmello Leandro.

Na decisão, o desembargador diz que substitui a prisão por medidas cautelares, como o comparecimento em juízo, no prazo e nas condições fixadas, para informar e justificar suas atividades. Ricardo está proibido de deixar a comarca  sem prévia autorização da Justiça.

Ao ser abordado pelos policiais da Corregedoria durante a operação no dia 16, Ricardo destruiu dois celulares e xingou os colegas. Por isso, foi preso por obstrução da Justiça, já que, contra ele, havia apenas um mandado de busca e apreensão.

O oficial, que era assessor lotado na Secretaria de Governo e trabalhava na segurança do governador, tinha, na época da prisão, rendimentos que ultrapassavam R$ 10 mil. Segundo o portal da transparência do Governo do Estado, remuneração de Figueiredo como policial é de R$ 7.042,26, já pelo cargo de assessor lotado na Secretaria de Governo, o salário é de R$ 3.247,62, com abonos que podem chegar a R$ 4.881,29.

No dia seguinte à prisão, ele foi exonerado do cargo de assessor do governo.

Ricardo é investigado em esquema integrado por policiais suspeitos de cobrar propina para facilitar a passagem de cigarro contrabandeado do Paraguai por Mato Grosso do Sul.

O Jornal Midiamax procurou a Polícia Militar e a Secretaria de Justiça e Segurança do governo estadual para repercutir a decisão da Justiça, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.