Concessionária de energia foi condenada a pagar mais de R$ 2 milhões de indenização à esposa e às duas filhas de um engenheiro agrônomo, morto eletrocutado por um cabo de alta tensão que estava solto em uma fazenda em 2014, a 23 quilômetros de São Gabriel do Oeste. Somadas, a indenização passa de R$ 2 milhões e a família também receberá pensão mensal até o ano em que a vítima completaria 75 anos.
De acordo com a juíza Samantha Ferreira Barione, da 1ª Vara Cível e Criminal da comarca de São Gabriel do Oeste, ficaram comprovadas as circunstâncias da morte do agrônomo, que teve parada cardiorrespiratória, fibrilação ventricular e eletrocussão, provocado pelo cabo energizado que estava solto na fazenda.
A informação foi confirmada por testemunhas e por laudo pericial, ficando reconhecidos a ação ou omissão, o nexo causal, o dano e a culpa. A empresa alegou no processo não possuir responsabilidade pela morte do rapaz, já que uma mudança climática provocou a queda do fio de alta tensão.
O CASO
O engenheiro agrônomo, que não teve idade divulgada, e seu colega de trabalho estavam na região da queda de um poste, para realizar análise do solo, quando vieram a sofrer uma descarga de 36 mil volts, provocada por cabo de alta tensão que estava cerca de 1,30 m do chão. O agrônomo não resistiu aos ferimentos, já o colega de trabalho sofreu graves danos, inclusive com amputação de membro.