Em depoimento, acusado de matar ex-genro disse que faria de novo para defender a filha
Durante depoimento na manhã desta sexta-feira (10), o réu José Gonçalves Couto, 53 anos, acusado de matar com um tiro seu ex-genro Edson de Souza Bezerra, de 43 anos na época, disse que se fosse preciso mataria de novo para defender a filha. “Não tinha como eu deixar uma pessoa matar a minha filha”. O […]
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Durante depoimento na manhã desta sexta-feira (10), o réu José Gonçalves Couto, 53 anos, acusado de matar com um tiro seu ex-genro Edson de Souza Bezerra, de 43 anos na época, disse que se fosse preciso mataria de novo para defender a filha. “Não tinha como eu deixar uma pessoa matar a minha filha”. O crime ocorreu em 28 de agosto de 2014 no bairro Rancho Alegre em Campo Grande.
“Atirei no susto, nunca tinha atirado antes”, disse ele explicando que entrou em luta corporal tentando desarmar Edson, quando conseguiu tirar a arma, perdeu o equilíbrio e caiu momento em que atirou. “Apertei o gatilho apenas uma vez”, alega.
Consta nos autos que Edson e Eliane, 26 anos, conviveram juntos por cinco anos, no dia do crime eles haviam se separado há dois meses após ele ter agredido a mulher com socos e chutes. Ela chegou a registrar boletim de ocorrência e saiu de casa, voltando a morar com os pais, porém eles ainda mantinham relacionamento amoroso.
No dia do crime, estavam Eliane, sua mãe, seu pai José, seu irmão Gesse Gonçalves do Couto, 29 anos, que também é réu no processo, pois teria ajudado o pai a matar a vítima, a esposa de Gesse com suas filhas de 15 dias, juntamente com as filhas da vítima que na época tinham 3 e 5 anos.
A família estava reunida em frente de casa tomando tereré, quando a vítima chegou e cumprimentou as filhas, mas foi ignorado por Eliane. Nesse momento ele abraçou a filha mais velha e disse: “Hoje eu vou resolver a vida do pai e da mãe”, e foi embora.
A vítima retornou uns 20 minutos depois, armado, perguntou da esposa e sacou a arma, nesse momento, Gesse bateu a mão no braço da vítima, pegou uma cadeira e deu uma cadeirada em Edson, que conseguiu dar mais dois tiros para o alto antes de entrar em luta corporal com José que conseguiu desarmá-lo.
“Eu perdi o equilíbrio e cai, nesse momento eu já estava com a arma dele e atirei. Nunca passou pela minha cabeça acontecer um fato desse ainda mais que ele é pai das minhas netas”, contou. O tiro pegou nas costas da vítima e se alojou na nuca, provocando sua morte.
Gesse, em seu depoimento disse que a irmã já havia sido agredida pelo ex-marido e que a vítima sempre andou armada, inclusive já havia respondido processo em Mato Grosso por posse ilegal de arma de fogo. “No momento em que dei a cadeirada nele (vítima), foi o momento em que ele fez o primeiro disparo, eu segurei a mão dele e os outros dois disparos foram para cima, depois disso meu pai começou a lutar com ele e eu fui socorrer minha esposa e filhas”, alega.
Após o crime, pai e filho fugiram do local, segundo eles, orientados por seus advogados na época, e se apresentaram à polícia dois dias depois. Consta ainda no processo que testemunhas disseram que o casal tinha um relacionamento conturbado e que Edson já havia ameaçado Eliane de morte.
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