Defesa diz que motorista não atropelou de propósito jardineiro e que fugiu ‘por medo’

A defesa do motorista de 20 anos que atropelou o jardineiro Jefferson Moreira, 37 anos, alegou que seu cliente ficou com medo da reação agressiva da vítima após discussão no trânsito e não tinha intenção de matá-lo, conforme informou o delegado Antenor Batista da 2ª Delegacia de Polícia.

O delegado contou que foi procurado pela defesa do suspeito que deve se entregar entre esta quarta-feira (26) e quinta-feira (27). “A defesa disse que o cliente está assustado e por isso não se entregou ainda”.

“O advogado contou que ele queria arrancar com o carro para sair do local, pois estava com sua mulher e filha de 5 anos no carro”, diz o delegado ao explicar que a defesa do motorista conta que a vítima estava muito brava achando que ele não iria pagar o conserto da moto, por isso o autor acabou ficando com medo da reação, e por estar com a família, arrancou com o carro e acabou atropelando Jefferson.

O caso foi registrado como registrado como homicídio qualificado por motivo fútil, Batista disse que por enquanto irá manter a qualificadora, até que o autor se apresente e dê seu depoimento.

Caso

Jefferson morreu por volta das 10h da véspera de Natal. Consta no boletim de ocorrência que ele e o autor vinham discutindo meia quadra antes do local em que foi atropelado. A discussão aconteceu até o cruzamento da Avenida Abraão Anache com a Jeronimo de Albuquerque, momento em que a vítima entrou na frente do veículo talvez tentando impedir que o condutor do veículo fugisse sem pagar o conserto de sua moto, já que havia “esbarrado” nela, conforme populares.

Quando Jefferson estava na frente do condutor, o mesmo acelerou o carro e passou por cima dele intencionalmente fugindo logo em seguida.

Por volta das 21h dessa segunda-feira (24), policiais militares encontraram o veículo Peugeot Hoggar, cor branca, que teria sido usado para atropelar o jardineiro Jefferson Moreira, 37 anos. O carro estava em um lava jato no bairro Nossa Senhora das Graças. Populares disseram que dentro do carro estavam o condutor, uma mulher e uma criança.