Defesa de motorista que matou casal na Marechal Rondon tenta novo pedido de liberdade

A defesa do motorista de 27 anos, Saulo Lucas Barbosa entrou novamente com um pedido de habeas corpus no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), nesta quarta-feira (29) na tentativa de libertar o motorista que está preso desde o dia do acidente, que acabou na morte do casal Luiz Vicente da Cruz […]

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A defesa do motorista de 27 anos, Saulo Lucas Barbosa entrou novamente com um pedido de habeas corpus no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), nesta quarta-feira (29) na tentativa de libertar o motorista que está preso desde o dia do acidente, que acabou na morte do casal Luiz Vicente da Cruz de 69 anos e sua esposa Aparecida da Souza Cruz de 59 anos.

No pedido a defesa alega que Saulo não possui nenhum antecedente criminal e não está ligado a nenhum crime. “O acusado é pessoa simples de pouco estudo, trabalhador, é primário e não registra antecedentes”.

A defesa pede a liberdade de Saulo já que ele tem residência fixa, trabalho e família na cidade.

No dia 2 de agosto o MP (Ministério Público) se opôs ao pedido de habeas corpus ingressado pela defesa do motorista. No dia 13, a Justiça indeferiu o habeas corpus alegando. “Não é razoável que crimes desta envergadura, praticado contra a vida coloque o Estado-Juiz na obrigação de soltar o infrator, como se fosse um direito absoluto dele com base apenas no princípio constitucional da presunção de inocência”.

Ainda é citado o envolvimento de Saulo em outro acidente de trânsito, em Ribas do Rio Pardo, em setembro de 2013.

No dia 27 deste mês aconteceu a audiência do caso e a ex-namorada do motorista e policiais do Batalhão de Trânsito que atenderam a ocorrência prestaram depoimentos.

Depoimento

A ex-namorada, que na data do acidente ainda estava em relacionamento com o acusado, afirmou que por volta das 22h da noite anterior ao acidente, foi até o local onde ele morava. Questionada pelo promotor se ele estava embriagado, a jovem disse que ele estava começando a beber naquele horário e não estava completamente embriagado. O acidente aconteceu às 5h30 do dia seguinte.

A advogada relatou que o acusado apresentou uma justificativa para estar trafegando em alta velocidade e na contramão. “Ele estava sendo perseguido por uma moto”, declarou.

Um dos policiais do Batalhão de Trânsito que atendeu à ocorrência disse não ter conhecimento de moto, nem mesmo as demais testemunhas.

O acidente

O casal de idosos Luiz Vicente da Cruz, de 69 anos, e Aparecida de Souza da Cruz, de 59 anos, foram mortos no acidente que aconteceu por volta das 5h30 do dia 15 de junho de 2018. Tanto o carro em que eles estavam, Chevrolet Corsa Sedan e o conduzido pelo acusado, um Fiat Uno, capotaram e ficaram destruídos. O acusado trafegava pela contramão e em alta velocidade pela avenida Marechal Cândido Mariano Rondon.

Em depoimento ao delegado plantonista Alberto Carneiro, o rapaz disse que voltava da casa da namorada e que havia bebido cerveja. Os policiais militares que atenderam a ocorrência disseram que não encontraram latas de cerveja no carro, mas o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constatou a embriaguez mesmo com a negativa do motorista em fazer o teste do bafômetro.

 

 

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