Dois dos assaltantes morreram em outro Estado durante trâmite

Cinco dos sete criminosos que assaltaram e explodiram agência do Banco do Brasil em Sonora, na madruga do dia 18 de abril de 2016, foram condenados entre 4 e 11 anos de prisão pelo crime. Três dos autores cumprirão pena em regime fechado e os demais, em regime semiaberto.

Wemerson Felipes Alves, de 32 anos, conhecido como “Biba”, foi condenado a pena de 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. Além de José Ronaldo dos Santos, de 40, conhecido como “Aldo”, condenado à 6 anos e 2 meses de prisão em regime fechado; Wellington Xavier de Campos Paulucci, de 37 anos, conhecido como “Boi”, condenado a pena de 4 anos e 6 meses em regime semiaberto e Márcio Rodrigues da Costa, de 38 anos, vulgo “Sherek”, condenado a 4 anos e 5 meses de prisão em regime semiaberto.

Wemerson, José Ronaldo, Wellington e Marcio foram presos em julho de 2016 e apresentados à imprensa pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro). Bruno Saraiva Mota de Souza, de 30 anos, apontado como líder da quadrilha, foi preso em seguida e depois de decisão judicial, condenado a 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado.

Outros dois integrantes da quadrilha foram mortos enquanto o trâmite estava em ação. Ronalt Correa Coelho, vulgo “Paraíba”, foi preso em flagrante em outro assalto a banco em São Luís (MA) e enquanto estava preso, conseguiu fugir e acabou sendo morto em troca de tiros com policiais em maio de 2017.

Walmir Fabriciano Duque, conhecido como “Tarzan”, também foi morto em troca de tiros com agentes militares em Parauapebas (PA) em junho de 2017.

A juíza de Direito, Larissa Luiz Ribeiro, absolveu os réus dos crimes de dano ao patrimônio público, explosão, porte ilegal de armas e explosivos, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo e associação criminosa, entendendo que foram crimes meio para a realização do assalto.Cinco são condenados por assalto à agência bancária de Sonora

O caso

Homens  fortemente armados explodiram a agência do Banco do Brasil em na madrugada de abril de 2016. Conforme informações da polícia, o bando se dividiu em grupos pela cidade. Alguns foram nas casas de policiais, na Delegacia de Polícia Civil e pelotão da Polícia Militar, onde dispararam vários tiros de fuzil contra as viaturas estacionadas, para evitar que os oficiais saíssem.

A primeira explosão ocorreu por volta das 2h35 e a segunda às 2h54. Neste meio tempo, dois taxistas que passaram na frente da agência bancária foram feitos reféns e liberados durante a fuga dos bandidos, na saída da cidade. Câmeras de segurança de lojas que ficam nas proximidades do banco flagraram o momento em que a quadrilha chega até a agência, por volta das 2 horas.

Enquanto o grupo explodia o banco, outros suspeitos mantinham policiais civis e militares presos dentro dos prédios. Às 3h05, o grupo que estava na agência saiu, levando os reféns em um Fiat Strada, em direção a BR-163, sentido Coxim. Em menos de uma hora, policiais de operações especiais fizeram buscas em estradas vicinais, mas não há informação de presos.

Não foi divulgado o valor levado pelos bandidos. O teto do banco desabou, paredes caíram e toda a estrutura foi abalada. Há informação de que o bando tenha explodido não só os caixas eletrônicos, mas também o cofre principal. Durante a ação, uma pessoa foi atingida por um tiro na perna, mas recebeu atendimento e teve o projétil, que chegou a ficar alojado, retirado e passa bem.