A Agepen (Agência Estadual de Gestão do Sistema Penitenciário) disse que está apurando a veracidade dos áudios atribuídos a José Cláudio Arantes, “Tio Arantes”, um dos chefes do PCC, divulgados pelas redes sociais nessa terça-feira (19), onde supostamente uma de suas filhas teria sido sequestrada.
Midiamax entrou em contato com a assessoria de imprensa da Agepen que comunicou que o caso está sendo apurado pelo Núcleo de Inteligência do órgão, que irá constatar se realmente as mensagens tenham sido gravadas pelo “Tio Arantes”, que se encontra preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
Além das mensagens atribuídas ao Tio Arantes, também circula outra mensagem, supostamente encaminhada por detento da Penitenciária de Segurança Máxima da Capital, na qual ele que o ‘salve’ seja repassado para que os supostos sequestradores da filha de ‘Tio Arantes’ sejam encontrados.
Áudios
“Podem falar que se tiverem sequestrado uma moça de 30 anos por aí é uma das minhas filhas. É para os caras soltarem porque às vezes eles não estão sabendo”, diz outro trecho da mensagem.
“Rapazeada, ‘Tio Arantes’ acabou de mandar um áudio aqui dizendo que sequestraram a filha dele. Vamos espalhar esse áudio para saber notícias da filha dele aí, entenderam meus manos. Vamos na bota desses canalhas aí”, diz um suposto detento do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.
Prisões
Considerado um dos chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e um dos líderes da rebelião na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, em 2006, ‘Tio Arantes’ como é conhecido José Cláudio Arantes, foi preso em outubro de 2017 pela suposta explosão de caixas eletrônicos de uma agência bancária, no Parque de Exposições Laucídio Coelho.
José Cláudio Arantes é um dos condenados pela morte do advogado William Maksoud Filho, em 2006. No mesmo ano, logo após ser preso pelo crime, foi o responsável por liderar a rebelião na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. A rebelião começou em São Paulo, chegou a MS e se espalhou por quatro cidades do Estado, Corumbá, Dourados, Três Lagoas e na Capital.
No último dia 12 de junho, durante Operação Paiol, Batalhão de Choque da Polícia Militar apreendeu a contabilidade do PCC na casa de Tânia Cristina Lima de Moura, esposa do “Tio Arantes”. Tânia era responsável pela movimentação financeira do grupo.