A Delegacia Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul se pronunciou na tarde desta segunda-feira (29) sobre a denúncia, realizada pelo Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), de que delegados estariam utilizando viaturas da corporação para fins particulares.
Em nota, a PCMS afirma que o ofício protocolado pelo sindicato não vem companhado de nenhum elemento de prova, mas que, de forma imediata a denúncia foi encaminhada à Corregedoria- Geral para instauração de procedimento para a elucidação dos fatos.
Em ofício remetido à Delegacia-Geral e Procuradoria-Geral, na última quinta-feira (25), o sindicato afirmou que alguns delegados com cargo de chefia, como assessores e diretores, estariam utilizando as viaturas descaracterizadas para buscar filhos na escola e até mesmo adesivando os veículos com propaganda de candidatos políticos.
Os casos chegaram ao conhecimento do sindicato a partir de denúncias realizadas por outros policiais civis.
Na ocasião, o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda, explicou que enquanto viaturas são utilizados para fins particulares, diversas unidades policiais não conseguem atender ocorrências e fazer a investigação por falta de veículos.
Na nota, a instituição afirma: “No tocante à frota da Polícia Civil, através do Programa MS MAIS SEGURO, forma investidos u mais de 120 milhões no reequipamento das forças de segurança pública, sendo a PCMS contemplada com 126 viaturas. Viaturas permanecem paradas tão somente o prazo necessário para elaboração do processo e execução dos reparos”.
Ao Jornal Midiamax, Giancarlo Miranda, informou que mesmo com a compra de novas viaturas, diversas delegacias do estado ainda não possuem o número suficiente de carros e que o sindicato gostaria que a Delegacia Geral atuasse diretamente na disciplina dos delegados em relação ao uso das viaturas.
“Estamos longe de ter o número ideal de viaturas. Oficinas que prestam manutenção aos veículos estão abarrotadas de carros, aguardando autorização para o conserto. E não adianta apenas pedir para que a Corregedoria investigue as denúncias, é preciso que a Delegacia Geral exija que os policiais utilizam esses veículos de forma correta” frisou Miranda.