Depois do assassinato de Lídia Meza Burgos de 18 anos, por ‘', neste sábado (17), no grupo especializado da polícia onde estava preso, no Paraguai, as autoridades do país anunciaram uma ‘varredura' no local. O crime teria sido cometido para impedir a extradição de Piloto para o Brasil.

Na manhã deste domingo (18), foi feita uma reunião entre o presidente do Paraguai, Mário Abdo Benitez e o Conselho de Segurança Interna, onde foi decidido por uma ‘varredura' no grupamento especializado onde aconteceu o crime. Mário Abdo ainda teria afirmado que ‘decisões drásticas' serão tomadas no assassinato de Lídia.Presidente do Paraguai promete medidas drásticas após Marcelo Piloto matar jovem em cela

A jovem foi morta com uma faca de cozinha. Ela foi esfaqueada no pescoço, tórax, abdômen e nas costas causando hemorragia interna, segundo o site ABC Color. Lídia chegou a ser socorrida depois de agentes ouvirem os gritos de socorro, mas ela não resistiu e morreu.

O advogado de Marcelo Piloto ainda teria dito que com o crime sua extradição estaria impedida, já que ele teria de ser julgado no país pelo assassinato.

Mas, segundo o ministro interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, apesar da vontade do Poder Executivo, o Judiciário terá de cumprir o mandado de justiça do Brasil.

‘Marcelo Piloto'

Marcelo Piloto é considerado um dos líderes da facção criminosa  e teve extradição concedida em 30 de setembro. O traficante recorreu e a matéria é analisada na segunda instância do país.

A expectativa do Ministério do Interior do Paraguai era que a extradição ocorresse ainda em novembro, já que os crimes que Piloto responde no país vizinho – falsificação de documentos e homicídio – são considerados de fácil conclusão.

No último dia 12, a advogada Laura Casuso, de 54 anos, que defendia Marcelo Piloto e Jarbas Pavão, foi morta com mais de 14 tiros em Pedro Juan Caballero, na fronteira com –  a 325 quilômetros de Campo Grande. A polícia paraguaia não revelou se há conexão entre os crimes.