12 pessoas chegaram ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na manhã desta quarta-feira (23) para prestar depoimento na 2ª fase da .

Promotores e policiais militares que atuam no Gaeco cumprem mandados de busca e em .

Na primeira fase da operação 21 policiais militares foram presos por envolvimento com a ‘Máfia dos Cigarros’.

Entre os 21 policiais militares presos, apenas um foi solto. O sargento Ricardo Campos Figueiredo, que era assessor especial na Secretaria de Governo – foi exonerado do cargo no dia seguinte à ação -, conseguiu um habeas corpus no sábado (19) e foi solto.

A ação investiga o pagamento de propinas de até R$ 100 mil a policiais militares para que eles façam “vista grossa” à atuação dos cigarreiros no estado.

Policiais afastados

Todos os 21 policiais foram afastados e substituídos. De acordo com Comando Geral da Polícia Militar, as denúncias já eram investigadas pelas corregedorias da Polícia Militar, Civil e Federal. Concluídas, as investigações serão enviadas para o Ministério Público Estadual, Militar Estadual ou Ministério Público Federal.

Foram presos durante a operação Admilson Cristaldo Barbosa, Luciano Espíndola da Silva, Ricardo Campos Figueiredo, Anderson Gonçalves de Souza, Angelucio Recaldi Paniagua, Aparecido Cristiano Fialho, Claudomiro de Goez Souza, Clayton de Azevedo, Elvio Barbosa Romeiro, Ivan da Silva, Van Edemilson Cabanhe, Jhondenei Aguilera, Lisberto Sevastião de Lima, Marcelo de Souza Lopes, Nazario da Silva, Nestor Bogado Filho, Nilson Procedônio Espíndola, Roni Lima Rios e Valdson Gomes de Pinho.

Vale lembrar que todos são, por enquanto, apenas investigados. Alguns casos possuem bastante indícios de envolvimento, e haveria situações de flagrante enriquecimento ilícito, mas o rumo das suspeitas ainda depende do trabalho investigativo que está sendo realizado pela Corregedoria e pelo Gaeco.

Investigação

A investigação teve início em abril do ano passado, quando a corregedoria da Polícia Militar repassou aos promotores denúncias sobre “rede de policiais militares, maioria da fronteira, envolvidos em crime de corrupção e organização criminosa”. Os promotores reforçam que militares de diferentes patentes e regiões do Estado se associaram para facilitar o contrabando.

Em troca, os militares recebiam propinas de até R$ 100 mil para fazer “vista grossa” e até repassar informações sigilosas aos contrabandistas. Em alguns casos, os PMs sequer iam para a rodovia fazer a fiscalização, evitando, assim, contato com as cargas de cigarro.