Suspeito foi transferido para presídio 

O desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques, do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), desqualificou os novos argumentos apresentados pelos advogados na tentativa de reconsideração do habeas corpus negado pela 2ª Vara do Tribunal do Júri e manteve a prisão de Christiano Luna de Almeida, de 29 anos, nesta terça-feira (4). O suspeito já foi transferido para um presídio da Capital.

Réu por assassinar o segurança Jeferson Bruno Escobar, o Brunão, em frente a uma boate em 2011, Almeida foi preso no dia 30 de junho após descumprir medidas cautelares que garantiam sua em liberdade desde o crime. Ele foi visto e fotografado por familiares da vítima bebendo em um restaurante do Shopping Campo Grande e acabou denunciado ao MPE (Ministério Público Estadual), que pediu sua prisão.

Por decisão do juiz Aluízio Pereira dos Santos, Christiano foi novamente preso na sexta-feira (30). No mesmo dia, os advogados do suspeito, José Belga Assis Trad e Rodrigo Presa Paz enviaram um habeas corpus ao juiz, que foi negado. Na segunda-feira (3), os defensores mandaram ao TJ-MS uma emenda complementando o documento.

Nos novos argumentos, eles defendiam que Almeida precisava obrigatoriamente passar por uma ‘audiência de justificação' antes de ser preso e ainda alegaram que o juiz havia feito excesso de linguagem, usando termos que afirmavam que o cliente deles teria matado ‘Brunão'. Ao final, eles pediam a reconsideração da decisão da 2ª Vara do Tribunal do Júri, que tinha negado o pedido de liberdade.

Em resposta, o desembargador Marques desconsiderou os argumentos dos advogados e manteve a prisão. Ele explicou que desde o início Christiano estava avisado que o descumprimento das medidas proibitórias causaria novamente sua prisão e por isso o pedido de audiência “não merece guarida”.

Por fim, o desembargador ainda afirmou que o excesso de linguagem não se respalda e que a forma usada pelo magistrado se referia às consequências do descumprimento das condições estipulada, não evidenciando nenhuma ilegalidade. Por conta disso, manteve a decisão do habeas corpus e assim a prisão de Almeida.TJMS desqualifica argumentos da defesa e mantém assassino de Brunão preso

Por ser bacharel em ciências jurídicas pela UCDB, Almeida permaneceu preso em uma cela especial, até a noite desta terça-feira (4), quando foi transferido para o presídio. 

O crime

Jeferson Bruno Escobar, o Brunão, trabalhava como segurança na casa noturna “Valley Pub”, quando foi espancado e morto por Christiano Luna. A morte do segurança foi registrada pelo circuito de câmeras da boate. As imagens exibem Christiano, na época acadêmico de direito, sendo retirado do estabelecimento por ter passado a mão nas nádegas de um garçom por duas vezes.

O segurança, conhecido como Brunão, foi quem alertou o rapaz primeiro, dentro da boate. Lá fora, Cristhiano foi dominado pelos seguranças, mas quis ficar no local. Entre um golpe e outro, o rapaz acertou o peito da vítima com um dos pés. Brunão morreu no local, antes do atendimento.

Christiano foi preso em flagrante no dia 19 de março de 2011, e, em razão da negativa do pedido de liberdade provisória, o acusado entrou com pedido de HC, sendo a ordem concedida e ele foi solto no dia 2 de maio de 2011.

O julgamento do suspeito, no Tribunal do Júri, aconteceria em dezembro de 2012, mas foi adiado no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e até hoje não foi realizado. Em setembro de 2016, Christiano foi condenado dois anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto por agredir um homem de 28 anos em uma festa no Parque de Exposições de .