Resultado desta sexta-feira deve confrontar DNA coletado na casa

​O delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), confirmou que recebeu nesta sexta-feira (4) laudo da perícia feita no local onde supostamente morreu Kauan Andrade, de 9 anos.

Além do documento da perícia feita na casa do suspeito, a polícia aguarda outros exames solicitados. De um total de cinco laudos, três são de DNA e dois de material coletado.

Ainda de acordo com informações, na residência teria sido feita uma limpeza ‘pesada' para apagar supostos vestígios do crime no local. O principal suspeito foi transferido nesta segunda-feira (31) para o Instituto Penal de , e nega qualquer envolvimento nos fatos.

O resultado recebido, nesta sexta-feira, deve confrontar DNA coletado na casa do suspeito. Delegado não informou detalhes sobre o laudo e disse que ainda aguarda outros resultados para complementar este. “Estamos aguardando os próximos exames”, disse.

O corpo do menino continua desaparecido e as buscas no Rio Anhanduí, que duraram cerca de sete dias, estão suspensas.

A Polícia Civil não descarta a hipótese de que Kauan possa ter sido enterrado as margens do córrego, no dia 26 de junho, já que no depoimento do adolescente de 14 anos, ele contou que o suspeito teria descido sozinho no córrego e ficado aproximadamente 30 minutos no local. Ainda segundo o relato, o garoto teria se oferecido para descer e ajudar a jogar o corpo, mas o suspeito teria recusado apoio.

Polícia recebe laudo da perícia realizada na casa do suspeito de matar Kauan

O caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram' no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O pedófilo suspeito de matar Kauan nega as acusações, mas de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, na casa do revendedor de celulares, não deixam dúvidas da autoria.

(Foto: Arquivo/Midiamax/Marithê Lopes)