Para pedir por justiça, família de jovem morta pelo marido organiza passeata
Autor continua foragido
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Autor continua foragido
Para pedir por justiça e não deixar que a morte da jovem de apenas 18 anos caia no esquecimento, familiares e amigos de Mayara Fontoura Holsback organizam uma passeata em sua homenagem na tarde de domingo, dia 1º de outubro. A ex-jogadora de handebol foi assassinada a golpe de tesoura pelo marido no dia 15 deste mês e o autor continua foragido.
O grupo que reúne amigos próximos e também a família de Mayara, vai se reunir a partir das 14 horas nos altos da Avenida Afonso Pena e de lá caminhar pela principal via de Campo Grande pedindo por justiça. O corpo da jovem foi encontrado pelos irmãos, depois que Viviane Fontoura Holsback, de 20 anos, recebeu uma ligação contando sobre o possível crime.
Para a irmã de Mayara, a passeata é muito mais que um pedido pela prisão do suspeito. É uma homenagem a jovem e uma súplica para que sua morte não seja esquecida pela sociedade. “Até agora não tem nenhuma informação do caso. A investigação está em sigilo para não atrapalhar, então não sabemos de nada”, contou Viviane. Para ela, o suspeito não está mais na cidade, por isso não foi encontrada até o momento.
O feminicídio é investigado para Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Entenda
A jovem foi encontrada deitada na cama, enrolada apenas a um edredom, já sem vida. “Ao ver o corpo da minha irmã naquela cama, toda machucada, meu mundo desabou. Eu nunca pensei que ele faria isso com ela”, lamentou Viviane em entrevista ao Midiamax.
Vestígios de sangue foram encontrados pela polícia no quarto e o banheiro da casa e a arma do crime, uma tesoura, foi deixada pelo autor ao lado do corpo.
Mayara vivia com o autor do crime desde 2015. Com mais de dez passagens envolvendo apenas casos de violência doméstica, o suspeito acabou preso em abril deste ano em cumprimento a dois mandados de prisão, uma tentativa de homicídio e uma lesão corporal, ambos os crimes contra a ex-mulher.
O homem foi condenado pela lesão corporal a três meses de reclusão, em regime aberto e a três anos e sete meses pela tentativa de homicídio. Foi preso e fugiu do sistema prisional de Campo Grande pelo menos três vezes. Ainda assim, recebeu a liberdade provisória do dia 14 de setembro, véspera do assassinato de Mayara, por ter cumprido parte das penas e não ter “registro de falta grave em 2016”.
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