OAB-MS exige providências sobre agressão e detenção de advogada em bar
As duas comparecerem na OAB/MS
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As duas comparecerem na OAB/MS
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), vai exigir providências imediatas da Polícia Militar a respeito da prisão da Advogada Rosemeire Rodrigues Martins e da Empresária Graziele Soares dos Santos das Neves, que foram detidas no último sábado (22) em ação do Batalhão de Choque.
As duas comparecerem na tarde desta segunda-feira (24) na OAB/MS com denúncia formal contra os policiais. Os documentos foram encaminhados para a Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados (CDA), Comissão de Direitos Humanos (CDH) e Comissão de Combate à violência doméstica e familiar contra a mulher (Comcevid).
A Ordem dos Advogados vai investigar a denúncia de abuso de autoridade cometido pelos policiais militares e pedir o afastamento do cargo do Comandante do Batalhão de Choque.
As duas têm vídeos gravados por amigos que mostram agressões verbais sofridas por elas, além da recolha de celulares de pessoas que estavam gravando o ocorrido.
Sobre o caso
A empresária e a advogada relataram que foram presas durante abordagem do Batalhão de Choque em um bar na Vila Olinda, região sul de Campo Grande. Rosemeire se identificou como advogada, representando pessoas que estavam passando mal no local, e ainda sim foi presa.
Ela se apresentou como advogada e pediu para que parassem com a situação, uma vez que os policiais estavam jogando bombas de gás lacrimogêneo no cruzamento entre as ruas para dispersar a multidão no local.
“Eles pegaram minha carteira, riram da minha carteira e saíram. Outro policial veio e me prendeu. Nós fomos jogadas algemadas no camburão” e levadas para a Depac Piratininga. “Levei um tapa, bati a testa na viatura e estou com o olho roxo. O direito e a dignidade humana não foram respeitados. Não fui respeitada nem como cidadã, nem como advogada porque mesmo com a chegada do advogado na delegacia, eles não tiraram minha algema. Demoraram para tirar. Não tinha nem lugar para a gente ficar. Mandaram a gente sentar no chão. Desde o primeiro momento solicitei aos policiais um representante da OAB, o que me foi negado e ainda apreenderam minha documentação”, citou Rosemeire.
As duas relataram que sofreram agressões físicas e verbais, com palavras de baixo calão.
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