Mulher que matou namorado e fingiu roleta-russa vai à juri popular

Acusada não aceitava o fim do relacionamento

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Acusada não aceitava o fim do relacionamento

Será levada à juri popular Arlene Muniz Elias, 29 anos, acusada de matar o namorado Klézio Ravel Paiva Fuzeta, 39 anos, no dia 24 de setembro de 2016, em Campo Grande. Na época, ela disse à polícia que o companheiro havia se matado em uma brincadeira de roleta-russa.  

A sentença de pronúncia foi proferida pelo juiz do Tribunal do Juri Carlos Alberto Garcete. Arlene será julgada pelo crime de homicídio duplamente qualificado: motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. 

Consta na pronúncia que Arlene cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento. Como o casal não havia tido discussões na data, a Justiça considera que a defesa da vítima foi dificultada. 

“Há indícios suficientes de autoria, notadamente a própria confissão da acusada, conquanto negue a intenção de matar, apresentando versão de possível ocorrência de uma “roleta-russa”. Ocorre que, diante da controvérsia dessas narrativas, como se extrai em cotejo com a prova testemunhal, cabe ao Tribunal do Júri pronunciar-se a respeito da real dinâmica”, explica o juiz na decisão. 

Consta ainda que ela vai poder esperar o julgamento em liberdade, pois, não tem ficha criminal e possui endereço fixo. “Posto isso, concedo liberdade provisória à pronunciada Arlene Muniz Elias, qualificada nos autos,condicionada ao comparecimento mensal em juízo, até o quinto dia útil de cada mês, para justificar suas atividades. Expeça-se alvará de soltura clausulado”, afirma Garcete.

Klézio foi encontrado com um tiro na cabeça no dia 24 de setembro, na residência em que morava na Rua dos Arquipélagos, no Coophavila II. Segundo a investigação, o casal já havia terminado várias vezes e era usuário de drogas. Durante a perícia, foram encontrados dois papelotes de cocaína no bolso da vítima, o que leva a polícia acreditar que no momento da morte, ela estivesse sob o efeito do entorpecente.

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