Latrocínios caem 70% na Capital; mortes de ex-vereador e esposa marcaram 2017
Roubo seguido de morte é considerado hediondo, portanto é inafiançável
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Roubo seguido de morte é considerado hediondo, portanto é inafiançável
Os crimes de roubo seguido de morte – latrocínio – caíram 70% em Campo Grande neste ano, conforme o setor de estatísticas da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul). Em 2016, foram registrados 13 crimes, contra apenas quatro em 2017. Neste ano, um dos mais recentes e de grande repercussão foi assassinato do ex-vereador Cristovão Silveira e a esposa Fátima Silveira, na chácara do casal.
Latrocínio é um crime considerado hediondo, portanto é inafiançável. Conforme os termos legais, a morte da vítima não precisa estar nos planos do autor, basta que ele empregue violência para roubar e que desta violência resulte na morte da vítima.
Caso Mayara
Em Campo Grande, alguns crimes tipificados como latrocínio chocaram o Estado e um deles, o Brasil, por exemplo, o caso da musicista Mayara Amaral, que após ser morta a marteladas e parcialmente queimada, teve R$ 17,3 mil em bens roubados. O inquérito da polícia enviado à Justiça, em agosto, descartou o feminicídio.
No último dia 31 de outubro de 2017, o juiz Aluízio Pereira dos Santos aceitou o pedido do MPE-MS (Ministério Público Estadual) de que Luís Alberto Barbosa, acusado do assassinato da musicista seja julgado por latrocínio e não feminicídio. Agora, a decisão está nas mãos do TJ-MS (Tribunal de Justiça).
Caso Silveira
O ex-vereador Cristovão Silveira e a esposa Fátima Silveira foram assassinados no dia 18 de julho, quando chegaram à chácara da família. Cristóvão teria sido atraído até o galpão e no local foi cercado por três suspeitos. A vítima teve a coluna quebrada com um golpe de faca no pescoço. A esposa foi estuprada e teve o corpo queimado.
O trio acusado de matar o ex-vereador e a esposa Fátima Silveira, já havia admitido o crime, mas durante audiência do caso, no último dia 18 de dezembro, negou as acusações. Defesa e acusação foram intimadas a apresentar as alegações finais e a sentença deve sair em fevereiro de 2018.
Caso Corretor
Outro crime recente e que, em princípio, pode ser considerado latrocínio ocorreu na Vila Bandeirantes. O empresário Ivan Junior Marchezan da Cunha, de 55 anos, foi encontrado morto na madrugada do dia 1º de dezembro e a principal suspeita é a ex-mulher Dirleia Patrícia Monteiro.
Depoimento da filha do empresário, ressalta a hipótese de latrocínio, já que a jovem informou sobre o sumiço de R$ 200 mil da casa da vítima. A ex-esposa se apresentou à Polícia Civil em uma delegacia de Aquidauana, onde relatou 15 anos de agressão.
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