Justiça decreta prisão preventiva de assassinos de ex-vereador e mulher
Buscas pelo último suspeito continuam
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Buscas pelo último suspeito continuam
Os três homens presos por envolvimento no assassinato do ex-vereador Cristóvão Silveira e de sua esposa Fátima Silveira, tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva na manhã desta quinta-feira (20). Equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) continuam as buscas em Corumbá pelo último suspeito de participação no crime.
O caseiro Rivelino Mangelo, de 45 anos e os dois filhos, Rogério Nunes Mangelo, 19 anos e Alberto Mangelo de 21 anos, foram presos em flagrante horas após o duplo homicídio em uma ação entre equipes da delegacia especializada, GOI (Grupo de Operações e Investigações) e Batalhão de Choque.
Segundo o delegado Fabio Peró, responsável pela investigação do caso, nesta manhã, eles passaram por audiência de custódia e o juiz determinou a prisão preventiva dos três.
Agora, os suspeitos devem permanecer nas celas do Garras até a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) disponibilizar vaga para os presos. A prisão preventiva não tem prazo e pode ser usada até o julgamento dos autores em casos de crimes hediondos.
Diogo André dos Santos Almeida, de 21 anos, sobrinho do caseiro e um dos autores do crime, fugiu com a caminhonete da vítima em direção a Bolívia, chegou a escapar depois de abandonar o veículo, mas morreu horas depois em uma troca de tiros com a polícia. O comparsa dele, responsável por conduzir a L-200 roubada, ainda não foi encontrado.
O homem não identificado é o último suspeito foragido. Equipes do Garras e de outras forças policiais, foram para a cidade a 444 quilômetros de Campo Grande e realizam buscas pelo suspeito.
O caso
De acordo com Fabio Peró, Rivelino planejava a morte do patrão há uma semana e para isso, entrou em contato com o filho Rogério Nunes e com o sobrinho Diogo, que teriam demonstrado resistência em participar do crime. Em conversas no aplicativo WhatsApp, o caseiro teria dado o ultimato aos dois alegando que se não o ajudassem ele faria sozinho.
Peró explicou, que por volta das 13h da terça-feira (18), Rogério e Diogo chegaram na chácara e ficaram escondidos. Às 15h o casal, Cristóvão e Fátima chegaram ao local e foram conduzidos por Rivelino até o galpão onde começaram as agressões. O caseiro atacou a esposa e o ex-vereador ficou por conta de Diogo.
O ex-vereador foi morto com golpes de facão o que deixou o rosto dele desfigurado. Fátima também foi esfaqueada e teve parte do corpo queimado. A polícia suspeita que a ação seja uma tentativa de cobrir possíveis rastros do crime de estupro. Laudos periciais devem apontar se houve ou não abuso sexual contra a vítima.
Em depoimento, o caseiro, que morava e trabalhava na chácara há quatro meses, afirmou que matou o patrão por vingança. Ele alegou que era maltratado, humilhado e ameaçado pelo ex-vereador por saber do relacionamento dele com uma amante. Ele ainda confessou que matou a mulher para não ficar de testemunha. “Ela morreu porque tinha que morrer”.
As denúncias feitas pelo assassino foram rebatidas pela família, que chegaram a relatar o convívio harmônico entre as duas famílias e até ajudas financeiras para a mulher do caseiro, que possui problemas de saúde.
As prisões
O caseiro foi preso quando recebia alta do hospital Santa Casa, após ser atendido por causa de um corte profundo no pé. Ele foi socorrido depois de pedir ajuda a dona de um bar, que fica a 800 metros da chácara. Ele teria contado que sete homens invadiram a propriedade para roubar. Mas, após ser levado para depoimento acabou confessando a autoria dos assassinatos.
Assim que mataram o casal, Rogério e Diogo fugiram com a caminhonete até Anastácio e, então, até uma chácara localizada a 30 km de Aquidauana, onde estava Alberto. O rapaz teria ficado com uma TV roubada do casal. Para a polícia, o suspeito confessou que o primo e o irmão chegaram em sua casa no veículo roubado com as roupas ensanguentadas e teriam queimado as peças.
Diogo então seguiu com um outro comparsa, já que não sabia dirigir, para a Bolívia. Ele acabou morto em uma troca de tiros com a polícia durante sua fuga, no município a 444 quilômetros de Campo Grande. Rogério e Alberto foram presos ainda em Anastácio assim que os policiais tiveram conhecimento da localização dos suspeitos.
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