Internado há uma semana, adolescente ferido com mangueira faz procedimento nos pulmões

Jovem perdeu parte do intestino

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Jovem perdeu parte do intestino

O adolescente de 17 anos que foi ferido em uma ‘brincadeira’ com uma mangueira de compressor em um lava-jato, onde trabalhava, na Capital, passou por uma procedimento nos pulmões,  na Santa Casa de Campo Grande. Ele está internado no local há uma semana.

De acordo com a assessoria de comunicação do hospital, o adolescente passou por pequeno procedimento cirúrgico para drenar líquido dos pulmões. O estado de saúde do jovem é estável. Ele esta consciente e orientado.

O adolescente foi internado na última sexta-feira (3) depois de ter ar injetado no corpo por uma mangueira de compressor, pelo patrão e por outro funcionário do lava-jato, onde trabalhava.

Ele teve rompimento de órgãos e perdeu parte do intestino em uma cirurgia de mais de 6 horas. Ficou internado na área amarela do hospital, e na quarta-feira (8) depois de apresentar melhora no seu quadro clínico foi transferido para o quarto.

O caso

O crime aconteceu na sexta-feira (3) e envolveu o proprietário do lava-jato e um funcionário do local, de 31 anos, que seria vizinho da vítima e o responsável por arrumar o emprego para ele. Na versão contada pela família do adolescente, foi o segundo homem que teria relatado as agressões depois que o jovem foi levado às pressas para o hospital.

Segundo a família do adolescente, não era a primeira vez que ele era vítima da ‘brincadeira’ do amigo e do patrão no lava-jato. O pai e a mãe do jovem contaram que na segunda-feira (30) os suspeitos deram balas de massinha de modelar para o adolescente, que passou mal. “Ele chegou em casa vomitando e com dores no estômago, foi quando minha mulher foi até a casa do amigo que disse ter dado massa de modelar para meu filho comer”, afirmou o pai.

Depoimentos

Em depoimento prestado a 4ª Delegacia de Polícia Civil no dia do crime, os dois suspeitos reafirmaram a situação e alegaram que o caso foi consequência de uma brincadeira iniciada pelo próprio adolescente. Eles ainda alegaram que colocaram a saída de ar por cima da calça do jovem.

Para o delegado que cuida do caso, Paulo Sérgio Lauretto, o adolescente explicou que os autores não tiraram seu short, mas negou que havia brincado com a mangueira de compressão minutos antes do crime. Desmentindo a história que ele teria aproveitado o momento em que o colega de 31 anos foi ao banheiro para ‘assustá-lo’ com a mangueira, ligando ela pelo vão da porta.

O caso é tratado como lesão corporal grave, porque até o momento não houve indícios de que os agressores tiveram a intenção de matar o adolescente. De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o advogado de defesa dos suspeitos já entrou em contato com a delegacia e disposto a apresentar os clientes para novos depoimentos. O caso segue em investigação.

 

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