Estudante que matou Carolina tentou negociar com vítima de outro acidente, diz testemunha
Teria pedido para que não chamassem a polícia
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Teria pedido para que não chamassem a polícia
Testemunhas do acidente na rotatória da Avenida Tamandaré e Euler de Azevedo em janeiro deste ano, disseram à polícia que, antes de fugir, o condutor da caminhonete que provocou a batida tentou negociar com as vítimas para que não chamassem a polícia, pedido que não foi levado em consideração diante do desespero dos envolvidos em socorrer os feridos, entre eles uma idosa.
Em depoimento, as testemunhas disseram que o estudante de medicina João Pedro Miranda da Silva Jorge, de 23 anos, era quem conduzia o automóvel, porém, no Boletim de Ocorrência registrado quase dois meses depois, é o pai do estudante quem assume a responsabilidade pelo acidente. João Pedro também é responsável pelo acidente que matou a advogada Carolina Albuquerque em um acidente de trânsito, na última quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena.
“As testemunhas disseram que o tempo todo ele tentou convencer o motorista a não ligar para a polícia, mas o outro condutor não estava preocupado com isso, mas sim em socorrer a mãe e o sobrinho que estavam feridos”, explica a delegada Cristiane Grossi de Araújo da 7º Delegacia de Polícia, que investiga o acidente de janeiro.
De acordo com a delegada, as vítimas disseram que era João Pedro quem conduzia a caminhonete e que ele estava sozinho e aparentando estar embriagado. Momentos depois da batida, as testemunhas disseram à polícia que um carro ocupado por jovens teria parado no local e levado o estudante da cena do acidente.
Agora, a Polícia Civil investiga se o pai do estudante de medicina teria ‘assumido’ a culpa pelo acidente. Segundo a delegada Cristiane Grossi, as investigações sobre uma possível fraude serão feitas e não há dia para que o pai de João Pedro seja ouvido para esclarecimentos do caso.
Acidente Carolina
O estudante foi solto nesta segunda-feira (6), após pagar uma fiança de R$ 50 mil e colocar uma tornozeleira eletrônica, uma das exigências para a sua liberdade após matar em um acidente de trânsito a advogada Carolina Albuquerque, na última quinta-feira (2).
João Pedro também teve de entregar o passaporte e teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa, além de não poder se ausentar da cidade sem autorização.
O acidente que terminou na morte da advogada aconteceu na madrugada de quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena em frente ao Shopping Campo Grande. Ao delegado Enilton Zalla, João Pedro teria dito que não estava bêbado e que dirigia no máximo a 70 km/h.
João Pedro afirmou que fugiu do local do acidente porque teria sido ameaçado e chamado de assassino por testemunhas que estavam no local, porém, a versão do suspeito é contestada.
“Não procede a versão de terem chamado ele de assassino porque no momento em que ele saiu do local a Carolina ainda estava viva, respirando. As pessoas pediram para que ele ficasse lá, mas ele fugiu, possivelmente por estar bêbado”, explicou o delegado.
O filho da advogada, de 3 anos, teve traumatismo craniano e fratura na clavícula. O menino teve alta no domingo (5), e está sob os cuidados da avó materna, e deve passar por mais exames já que sente dificuldades ao se locomover.
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