Engenheiro morto por lutador faria aniversário no dia seguinte, lembra família
Voltaria para comemorar com familiares
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Voltaria para comemorar com familiares
“Hoje começa uma nova etapa na vida da nossa família”, foi a declaração dada por Juliana Oliveira, esposa do engenheiro Paulo Cezar de Oliveira, assassinado no dia 18 de abril de 2015. O autor do crime, lutador de jiu-jitsu Rafael Martinelli Queiroz, é julgado nesta quinta-feira (27).
Juliana e os dois filhos, de 20 e 24 anos, acompanham o júri, que acontece dois anos após a morte de Paulo. Em conversa com a reportagem do Jornal Midiamax, ela lembrou que o marido trabalhava até tarde naquele dia, quando foi vítima do homicídio. Paulo era engenheiro e estava em Campo Grande a trabalho.
Segundo os familiares, a vítima iria embora no dia seguinte, para celebrar o aniversário de 49 anos com a família. Técnica em enfermagem, Juliana preferiu não falar sobre a alegação da defesa do réu, que atesta insanidade por laudos médicos. “Não tenho propriedade para comentar esse tipo de laudo”.
Julgamento
O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida preside o júri e o julgamento ocorrerá com duas testemunhas de defesa a menos que o previsto inicialmente. Uma médica psiquiátrica de Florianópolis seria ouvida por videoconferência, mas alegou que não poderá participar e foi dispensada, além de outra testemunha de defesa que não foi identificada.
Também compõe a defesa um médico psiquiatra amigo de Rafael. A defesa do réu alega insanidade, fato apresentado em laudos médicos. Se decidido pelo júri que a alegação é válida, Rafael será considerado inimputável, incapaz de responder por si judicialmente por qualquer anomalia psíquica, cuja pena é de internação para tratamento psiquiátrico.
No entanto, um perito forense constatou que o rapaz seria semi-imputável, ou seja, que poderia responder parcialmente pelos próprios atos. Mesmo assim, neste caso a pena seria diminuída de um a dois terços.
Rafael aguardava julgamento preso preventivamente e será julgado pelo crime de homicídio, qualificado com agravante de crueldade, com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Relembre o caso
Em 18 de abril de 2015, Rafael teve uma discussão com a namorada, em um dos quartos do hotel, e agrediu a jovem, que estava grávida de dois meses na época. Ela fugiu em seguida e Rafael saiu, arrombando as portas de outros quartos.
Paulo estava hospedado em um dos cômodos e foi agredido pelo lutador a golpes de cadeira, morrendo no local. A vítima estava na Capital a trabalho e o lutador tinha vindo para participar de uma competição. Rafael chegou a ser preso em flagrante e tentou fugir do cárcere.
(Foto: Juliana Oliveira | Por: Arlindo Florentino)
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