Defesa de PRF que matou Adriano espera MPE para decidir passos
O promotor irá decidir de apresenta denúncia a justiça
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O promotor irá decidir de apresenta denúncia a justiça
A defesa do policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, de 47 anos, informou nesta sexta-feira (20) que ainda não teve acesso ao inquérito concluído pela Polícia Civil esta semana e que espera a manifestação do MPE (Ministério Público Estadual) para se pronunciar sobre o caso. Na justiça, quem analisa o inquérito policial é o promotor Eduardo José Rizkallah, que deve decidir se apresenta denúncia contra o policial até segunda-feira (23).
Ao Jornal Midiamax, o advogado do policial, Rêne Siufi, explicou que ainda não teve acesso ao procedimento e que isso deve acontecer no início da próxima semana, quando titular da 19ª promotoria de Justiça de Campo Grande anexar manifestação do MPE ao processo. Só depois de analisar os documentos, o criminalista irá se pronunciar sobre o próximo caso da defesa.
De acordo com a assessoria de imprensa MPE, o inquérito já chegou às mãos do promotor, que deve ser favorável à denúncia do policial rodoviário federal de hoje, e apresentar a acusação até segunda-feira (23), ao judiciário. Para a Polícia Civil, Ricardo Hyun Su Moon teve intenção de matar ao atirar contra o empresário Adriano Correia do Nascimento, de 33 anos, na manhã do dia 31 de dezembro.
Com as investigações, a polícia descartou a suposta perseguição e a existência de buraco na avenida, que teria causado a discussão no trânsito, relatada por testemunhas no dia do crime. Assim como desconsiderou legítima defesa, como relatadas nas duas versões do policial sobre o crime, uma para a Polícia Militar e outra para a Polícia Civil. Em ambas, ele alegou que só disparou depois de quase ser atropelado pela vítima.
Na primeira versão, Ricardo afirmou que depois de ser fechado pelo empresário, desconfiou que ele estivesse embriagado e por isso deu voz de parada a vítima. Logo depois, ele contou que foi fechado e seguido por Adriano e que por medo se tratar de uma execução ou assalto, resolveu abordar o empresário.
Mas foi o laudo necroscópico, que de fato descartou a hipótese de legítima defesa, já que dos sete tiros disparados pelo policial, três foram em direção ao motorista e os outros quatro contra a lateral da caminhonete que ele dirigia. Dois dos disparos atingido o empresário na altura do peito e causaram sua morte.
As investigações também recuperaram as ligações feitas pelo policial ao 190. Na gravação, pode-se ouvir o questionamento do empresário sobre o fato de Ricardo ser ou não policial e o momento em que ele afirma ser da PRF. Ainda no áudio, o policial pede para que ninguém saia do carro, afirma estar sozinho e pede rapidez no deslocamento dos militares até o local.
O policial rodoviário federal continua preso, em lugar não informado a imprensa. Um inquérito militar ainda deve apurar se houve favorecimento pessoal a Ricardo Moon na ação dos policiais militares que estavam na cena do crime.
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