Condenado a 16 anos réu que segurou vítima para ser esfaqueda no futebol

Jovem de 21 anos foi morto com 20 facadas em partida de campeonato

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Jovem de 21 anos foi morto com 20 facadas em partida de campeonato

Quase um ano depois de participar de um assassinato durante um campeonato de futebol no Jardim Columbia, Carlos Alberto de Souza Vieira, de 42 anos, foi condenado à 16 anos no regime fechado. Ele e o irmão mataram Pedro Henrique Souza Prado, de 21 anos, com mais de 20 facadas no dia 10 de junho de 2016.

A sentença lida no Tribunal do Júri, no início da tarde desta terça-feira (2), condenou o réu por homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe, meio cruel e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. Carlos é apontado por testemunhas e também por um vídeo gravado no dia do crime como o irmão que segurou a vítima para que o outro desferisse as facadas.

Como não possuía antecedentes, Carlos foi condenado à pena mínima por homicídio, de 12 anos e a mais 4 pelas qualificadoras, somando 16 anos de prisão. 

Mesmo com as imagens como provas, em depoimento a versão do suspeito foi a de que na verdade ele tentava separar a briga e que segurou a vítima na tentativa de afastá-lo do irmão, Jefferson de Souza Vieira. Essa negação foi mal vista pelo conselho de sentença e por conta disso, não houve redução na pena final de Carlos.

O caso

No dia do crime, acontecia a final do campeonato Jardim Columbia, entre os times ‘Amigos do Ivanor’ e ‘Porto’. Pedro estava atrás de um dos gols quando os irmãos chegaram ao local. Carlos segurou o rapaz e Jefferson, com uma faca de açougueiro, desferiu os golpes. 27 facadas atingiram o jovem.

Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados e o jovem foi socorrido em estado grave. A ambulância precisou parar no caminho ao hospital para tentar reanimar a vítima, que não resistiu.

Para o Ministério Público Estadual, Pedro foi morto por vingança, já que em 2014 ele teria assassinado um sobrinho dos autores. Durante o julgamento, as testemunhas de defesa também afirmaram que a ‘turma de Pedro’ ameaçava a família dos suspeitos.