Comerciante se apresenta à polícia após atirar em agiota e diz que sofria ameaças

Será indiciado

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Será indiciado

Homem de 28 anos, identificado apenas como G.G.A., se apresentou à polícia em Coxim, município distante 253 quilômetros de Campo Grande, afirmando ser o autor dos disparos contra um empresário de 60 anos na tarde de domingo (1º). A vítima do tiro no rosto cumpria pena por homicídio, crime cometido em 2010.

Conforme o site Edição MS, o comerciante se apresentou na segunda-feira (2), alegando legítima defesa. Ele disse ao delegado Gustavo Mussi, responsável pelo caso, que era ameaçado de morte pelo homem de 60 anos, que também ameaçava toda a família dele por conta de uma suposta dívida que o pai teria com o empresário.

Em depoimento, o rapaz ainda disse que passou a andar armado com um revólver calibre 32, que comprou há aproximadamente 10 anos, e decidiu procurar o homem de 60 anos, identificado como Neto, para esclarecer os fatos. O comerciante afirmou que viu o empresário caminhando pela avenida e tentou conversar, quando a vítima colocou a mão na cintura.

Segundo o comerciante, ele suspeitou que Neto sacaria uma arma, então atirou de dentro do carro, atingindo a vítima com um disparo na mandíbula. O idoso correu e o comerciante atirou novamente, fugindo em seguida e jogando a arma fora em um rio. Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados e a vítima foi encaminhada para o hospital, sendo transferida para a Santa Casa de Campo Grande.

De acordo com o delegado Mussi, o comerciante responderá por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.

Homicídio e agiotagem

O crime aconteceu no dia 30 de dezembro de 2010 na rua Alagoas em Coxim. De acordo com a polícia, a motivação do crime pode ter sido causado por dívida de agiotagem e por um suposto caso de Neto com a mulher da vítima. O autor nega e conta que o pedreiro foi quem chegou exaltado e armado.

Segundo Neto, o atrito foi gerado pelos pagamentos que já foram feitos pela execução da obra, contudo, o pedreiro estaria “atrasando” a empreitada. Neto desferiu cinco tiros com uma arma calibre 38, sendo que quatro acertaram a vítima. De acordo com testemunhas ele já estava armado, já o autor conta que o pedreiro chegou armado e ele conseguiu desarmá-lo.

Neto foi preso com R$ 5.820,00 no momento em que saia de um restaurante em Campo Grande. A caminhonete Hilux em que estava também foi apreendida. A polícia acredita que o valor é proveniente de agiotagem, já que ele possui passagem pelo crime.

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