Com taxa de R$ 8 mil, membros do CV teriam proteção da polícia paraguaia

Suspeitos afirmaram o pagamento de taxa para não serem ‘incomodados’

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Suspeitos afirmaram o pagamento de taxa para não serem ‘incomodados’

​Dupla presa durante operação da Senad (Secretaria Nacional Anti Drogas) na última segunda-feira (30) trouxe à tona a possível proteção a integrantes do crime organizado pela Polícia Nacional no Paraguai. Os criminosos seriam do Comando Vermelho e foram presos no Bairro Guarani, em Pedro Juan Caballero na divisa com Ponta Porã.

Investigação aponta que agentes da Primeira Comissária da Policia Nacional estariam cobrando uma taxa para que os mesmos transitassem na cidade sem serem incomodados. Os presos foram identificados como Osvaldo Fideles Ferreira, de 49 anos, e Allan da Silva, de 35 anos.

Os suspeitos estavam com 77 gramas de maconha, uma pistola do calibre 9mm, 35 projetil de munição 9mm, dois aparelhos celulares, R$ 1.602 em dinheiro e vários documentos.

A situação chamou a atenção das autoridades depois que um dos presos questionou a abordagem e o porquê de estarem sendo incomodados, já que teriam pago uma taxa de R$ 8 mil aos agentes da Primeira Comissária.

Segundo informações, os presos não tinham conhecimento da unidade da Senad e pensavam que ao pagar a taxa, as demais unidades policiais fariam vista grossa para a presença dos mesmos na região de fronteira.

O fato foi comunicado ao promotor de justiça Martin Areco, que determinou que a dupla permanecesse presa na unidade da Senad e posteriormente ficasse à disposição do Ministério Público, que possivelmente ordenará a expulsão da dupla do país e a entrega as autoridades brasileiras.

Agentes da Polícia Nacional da Primeira  Comissaria negaram o envolvimento e a cobrança de taxa.

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