Cliente diz que lava-jato onde Wesner foi ferido era ‘de muita diversão’

Primeira audiência sobre o caso começou às 14 horas

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Primeira audiência sobre o caso começou às 14 horas

Em audiência sobre a morte de Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, nesta segunda-feira (2), Josemar Franca da Silva, cliente do lava-jato onde o jovem trabalhava disse que o local era um ambiente de muita diversão e que por isso deixava o carro no local. 

Esta é a primeira audiência sobre o caso. Os depoimentos começaram por volta das 14 horas e foram encerrados às 17 horas, três horas após a primeira testemunha ser ouvida. O primeiro a falar foi o clínico geral Pedro Paulo Gonçalves, que atendeu o jovem no CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes. 

O médico legista Marco Antônio de Melo foi o segundo a ser ouvido. Ele garantiu que ao contrário do que os suspeitos – proprietário do lava-jato onde a vítima trabalhava e um colega de trabalho – alegam, a mangueira foi introduzida na vítima. O legista também destacou os riscos do equipamento. 

A terceira testemunha foi a assistente social Neide Santos. Ela disse que em conversa com Wesner ele negou que a mangueira foi introduzida e garantiu “que a brincadeira foi por cima da roupa”. Neide pontuou que ficou pouco tempo com a vítima e que não era possível garantir que Wesner disse apenas a verdade.

A quarta testemunha foi um adolescente de 12 anos. O menino é cunhado do proprietário do lava-jato, suspeito de cometer o crime. Ele foi ouvido com apoio de uma assistente social.

Mãe do adolescente, Alessandra Moreira da Silva, foi a quinta pessoa a ser ouvida. Ela disse que o filho presenciou a ação, porém, afirmou que ele não sabe informar se a mangueira foi, ou não, introduzida.

A empresária Sueli Demarco Sena, mãe do dono do lava-jato, também depôs. Ela se emocionou ao dizer que o relacionamento entre o filho e a vítima era de muita amizade. 

Josemar Franca da Silva, que mencionou o clima de diversão no local foi a sétima pessoa a ser ouvida. Outro cliente, André Andrade da Rosa, também depôs. Ele, que é amigo do dono do lava-jato desde 2010, disse que nunca presenciou rivalidade entre os envolvidos.

Edineis Rocha, amiga do dono do lava-jato desde a infância, também depôs. Ana Paula, foi a décima testemunha a ser ouvida. Ela é namorada do sobrinho do segundo suspeito – colega de trabalho da vítima.  

Valdinei Rodrigues, vizinho do suspeito também prestou depoimento. Ele disse que conhece o jovem há 12 anos e defendeu que o rapaz sempre foi trabalhador. A última testemunha foi Edson Rocha dos Santos que também defendeu o jovem. 

Ao todo 12 pessoas prestaram depoimento e outras quatro testemunhas arroladas pelo Ministério Público faltaram. Uma nova audiência está marcada para às 15h30 do próximo dia 30. Além das testemunhas, os suspeitos também prestarão depoimento na ocasião. 

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