Casa de suspeito de matar Kauan é saqueada, mas vizinhança nega furtos

Moradores relatam que irmão de suspeito teria levado a televisão

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Moradores relatam que irmão de suspeito teria levado a televisão

A casa onde o suspeito de matar Kauan Andrade, de 9 anos, morava no bairro Coophavila ll, região sul de Campo Grande foi saqueada na última terça-feira (25), mas vizinhança nega autoria dos furtos. Moradores afirmam que um grupo de garotos teria arrombado o portão, mas que “coisas grandes” como televisor foram retiradas do local pelo irmão do suspeito.

Segundo um vizinho, que preferiu não se identificar, no sábado, por volta das 15h, o irmão do suspeito passou na residência para pegar roupas e uma televisão em uma caminhonete, prata. No domingo (23) a casa foi incendiada e as chamas mobilizaram equipes do Corpo de Bombeiros.

Moradores relatam que um grupo de garotos entrou na casa, na última terça-feira (25) e levou mais coisas, “porém coisas pequenas”, pois estavam de bicicleta. Os vândalos teriam quebrado as janelas a pedradas e jogado o portão no meio da rua.

No mesmo dia, por volta das 22h, o irmão do suspeito voltou à residência e antes de sair amarrou o portão com um arame novamente. Nesta quinta-feira (27), o portão amanheceu aberto novamente. Moradores contam que viram pessoas pulando de dentro para fora.

Transferência

Casa de suspeito de matar Kauan é saqueada, mas vizinhança nega furtos

Inquérito pelo abuso e exploração sexual deve ser encerrado nesta sexta-feira (28), mas outras duas investigações, por homicídio, ocultação de cadáver e posse de pornografia, não têm prazo, segundo a Polícia Civil.

Conforme a defesa do suspeito, o advogado Alessandro Farias, benefícios como o nível superior e participação como jurado do Tribunal do Júri devem garantir a permanência ‘segura’ do cliente no presídio.

“Qualquer pedido de soltura, em princípio, será facilmente negado e justificado. Então, a partir de amanhã, quando me encontrar com ele vamos começar os trabalhos no caso”, disse.

Caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O pedófilo suspeito de matar Kauan nega as acusações, mas de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, na casa do revendedor de celulares, não deixam dúvidas da autoria.

As buscas

Foram cinco dias de buscas pelo corpo de Kauan Andrade, de 9 anos, no Córrego Anhanduí, em Campo Grande. O Corpo de Bombeiros percorreu aproximadamente 12 quilômetros pelas margens secas do córrego, além de usar botes e mergulhadores na tentativa de achar o garoto.

Acredita-se que Kauan poderia estar preso em uma pedra ou galho, e um pente fino foi feito, mas nada foi encontrado.

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