Esquema especial de segurança foi montado

O dia visitas começou mais tenso que de costume neste domingo (8) na Penitenciária de Segurança Máxima de . Após divulgação de áudios que indicavam possível ataque do ao presídio da Capital, familiares de detentos temem possível rebelião. De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do Mato Grosso do Sul), um esquema especial de segurança foi montado e tudo está sob controle nas unidades prisionais de todo o Estado.

Segundo o diretor- presidente da Agepen, Ailton Stropa, o número de policiais no complexo penitenciário está maior e o esquema de vistoria reforçado. “Tudo está dentro da normalidade desde ontem. Estamos permanentemente alertas como já é de costume em qualquer circunstância”, explica.

Áudios obtidos pelas forças de segurança durante monitoramento de criminosos, mostram uma série de trocas de informações, ordens de comando e discussão entre os grupos em relação ao que ocorre nos presídios.

Um dos materiais aos quais o Jornal Midiamax teve acesso mostra membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) discutindo os últimos acontecimentos de Manaus e Roraima e prometendo retaliações. Em um dos áudios, um dos homens, não identificado, dá a entender que o CV (Comando Vermelho) ou uma das organizações aliadas ao CV, irá atacar o Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, território com maior domínio do PCC.

Um dos áudios anuncia o que parece ser um possível ataque do CV ou organizações aliadas ao Presídio de Segurança máxima neste domingo (8). Ele afirma que uns “dez” homens teriam chegado a Mato Grosso do Sul e anuncia que estariam hospedados na “rodoviária velha”.

Mesmo diantes das ameaças, desde ontem nenhum caso de confusão foi registrado, porém, familiares que aguardam para as visitas afirmam que ainda assim o clima é de apreensão. “Policial que antes a gente via sentado, agora está de pé, em alerta”, disse uma mulher que aguardava na fila para entrar na penitenciária.

De acordo com uma dona de casa, de 28 anos, que aguardava para visitar o marido, as ameaças de ataque fizeram com que muitos familiares ficassem com medo e deixassem de ir até o presídio hoje. “Normalmente a média é de 150 pessoas para pegar a senha, ontem cheguei aqui e somente umas 50 foram confirma. O pessoal está com medo”, relata.

Uma cuidadora, de 38 anos, que não quis se identificar contou que estava assustada com a repercussão. Ela, que estava na fila aguardando para visitar o marido preso por roubo, teme que rebeliões como as registradas no Amazonas possam se repetir por aqui. “Infelizmente a gente sabe que não existe segurança lá dentro. Se eles decidirem matar eles vão matar”, desabafa.