O aconteceu na Rua da Paz

O susto de ver o carro pegando fogo e a satisfação de encontrar pessoas dispostas a ajudar, foi assim que o advogado Francisco Moral de Nascimento, de 27 anos, descreveu a cena que viveu na tarde desta quinta-feira (19), no centro de , enquanto ia para o trabalha pela Rua da Paz.

Para a equipe do Jornal Midiamax, o advogado contou que havia acabado de cortar o cabelo e ia para o escritório em que trabalha. Pelo caminho habitual, ele subiu a Rua Bahia e daqui entrou na Rua da Paz. No trajeto, ele se lembra de ter sentido um cheiro de borracha queimada, mas acabou não dando importância a isso.

Foi quase no cruzamento com a Rua Espírito Santo, que a motorista de outro veículo avisou, o carro de Nascimento estava pegando fogo. O advogado explicou que antes mesmo de reagir o Honda Fit ‘apagou', só deu tempo para ele estacionar de qualquer maneira na calçada e sair do veículo.

As chamas logo se alastraram e o fogo que estava na parte de baixo do Honda, passou para dentro do carro. Na pressa de sair do veículo, Nascimento relatou que não se lembrou de pegar o extintor e permaneceu ali, sem ter o que fazer. Foi neste momento que um motorista que passava pelo local e viu a cena e correu para ajudar.

Com o extintor do próprio carro, Wagner Lopes, de 30 anos, tentou combater as chamas, mas só sozinho não conseguiu. Ele então foi até o prédio do Tribunal de Contas que fica na rua e pediu um dos extintores que havia no local para conseguir ajudar, mas segundo eles, foi negado por funcionários.

Depois de insistir e falar várias vezes que havia um carro pegando fogo ali na frente, os funcionários do tribunal chamaram um superior que autorizou o uso do extintor. O Corpo de Bombeiros também foi chamado e terminou o combate das chamas.

Para o advogado, mesmo com o prejuízo, o que mais chamou sua atenção foi à solidariedade que encontrou no momento. “O importante é que nada grave aconteceu. Um ato de solidariedade é algo para se comemorar”, afirmou. “Poderia ser meu carro, e eu ficaria imensamente grato se fizesse isso por mim”, falou Wagner Lopes, que ficou no local até toda a situação estar resolvida.