Advogado de PRF vai à delegacia para tomar conhecimento do caso

Policial está preso na Garras

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Policial está preso na Garras

Na manhã desta quinta-feira (5), o advogado Bento Adriano Monteiro Duailibi foi até a Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), onde o cliente está preso. Duailibi cuidará da defesa do policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon.

O advogado falou rapidamente com a imprensa e disse que foi até a delegacia para ‘tomar pé’ da situação e saber o que vai fazer a partir de agora. Ele disse que não sabe se continuará a ser alegada legítima defesa por parte do policial e que ainda está tomando ciência do caso.

Prisão

Solto pela Justiça um dia após cometer o crime e ser preso em flagrante, o policial Ricardo foi detido novamente mediante decisão do juiz José de Andrade Neto. A decisão foi divulgada na noite de quarta-feira (4) e o policial foi preso no início da manhã desta quinta-feira (5).

O juiz, que tinha concedido liberdade provisória ao policial, determinou pela prisão preventiva após analisar a representação pela prisão feita pelo Ministério Público. Ele alegou que novos fatos apontados pelo MP o fizeram tomar tal decisão, entendendo que o policial tentou modificar o cenário, a partir da divergência do que consta no auto de prisão em flagrante e o que foi testemunhado por populares e também documentado em vídeos e fotos, além de notícias veiculadas pela imprensa.

Relembre o caso

Na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016, uma suposta briga de trânsito entre ocupantes da Hilux e o policial, que conduzia a Pajero. Segundo populares que testemunharam a briga, o motorista da Hilux, Adriano Correia, teria ‘fechado’ a Pajero e o policial então teria ficado irritado.

A partir daí, testemunhos dados por pessoas que estavam no local e pelo policial são contraditórios. Ricardo chegou a dizer que abordou as vítimas e que o motorista o teria tentado atropelar, então, num ato de legitima defesa, atirou.

Testemunhas disseram que Adriano tentou fugir ao ver que o policial apontou para ele a arma de fogo e ainda tentou acalmar o amigo que estava na camionete e que queria descer do veículo. Vários tiros foram disparados pelo policial pelo para-brisas. Até o momento a polícia não precisou quantos disparos atingiram Adriano, que morreu no local.

O adolescente que estava no banco de trás também foi atingido por tiros nas pernas e o homem que ocupava o banco do carona sofreu ferimentos após a Hilux atingir um poste. O policial ainda chegou a alegar que acionou a Polícia Militar via 190, numa tentativa de abordar o motorista da camionete que, segundo ele, estaria alcoolizado.

Para especialistas, a abordagem feita pelo policial descumpre as leis de trânsito e, sem amparo de mandado judicial, policiais rodoviários federais não podem atuar com poder de polícia ou de fiscalização de trânsito nas áreas urbanas “sob pena de estarem cometendo ilícitos administrativos e criminais”.

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