Veterinário separa briga de cães com pauladas e episódio vira caso de polícia

Cães apresentavam lesões na cabeça

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Cães apresentavam lesões na cabeça

Um médico veterinário, que não teve o nome divulgado, foi levado para a delegacia após ser denunciado por membros de uma ONG de proteção aos animais por maus-tratos. Segundo a denúncia, três cachorros teriam ficado feridos após serem agredidos pelo veterinário com um cabo de vassoura.

O fato aconteceu em Ponta Porã, cidade a 346 quilômetros de Campo Grande e segundo apurado pelo site Ponta Porã Informa, na manhã de sábado (11) uma guarnição da Polícia Militar deslocou-se até a Rua Joaquim Pereira Teixeira após receber uma denúncia de maus-tratos a alguns cachorros. De acordo com a denúncia, em uma residência próxima a uma escola de idiomas, várias pessoas viram o momento em que o veterinário batia nos animais.

No local foram encontrados três cães feridos, sendo um com uma lesão na cabeça perto da orelha, um ferido na cabeça perto do olho direito e outro com lesão na orelha esquerda. Os denunciantes relataram à polícia que viram o momento em que um homem segurava o cachorro com uma corda e outro batia com o cabo de vassoura.

Testemunhas relataram que o cachorro mais machucado fugiu dos agressores e entrou no portão da escola de idiomas, deixando rastros de sangue pelo chão e na porta de vidro do comércio. Ao olhar do outro lado da rua as testemunhas disseram que encontraram o cabo de vassoura com sangue.

O veterinário também estava na residência e declarou ser proprietário dos animais. Aos policiais ele contou que junto com um funcionário precisou agredi-los para separar uma briga. O autor acompanhou os policiais até a 1º Delegacia de Polícia Civil para as providências cabíveis.

Ainda segundo apurado pelo site, uma veterinária foi até a delegacia e ao ver os cachorros disse que estão extremamente magros além de as patas e pernas estarem inchadas o dobro do normal. Ela relatou ainda que se os machucados tivessem sido provocados por mordidas deveriam existir furos e inchaço apenas no local.

O caso foi registrado de acordo com o artigo 32 da Lei 9605/98 que caracteriza como crime “praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. Uma audiência já foi marcada para o dia 6 de julho no Fórum da cidade e a Polícia Civil fará o acompanhamento do tratamento dos animais até a decisão judicial.

Outro lado

Após a veiculação da matéria, o veterinário teria se manifestado afirmando que a situação não ocorreu conforma relatado pelos membros da ONG. Em um TCO (Termo de Declaração de Ocorrência) ele relata que por volta das 8 horas de sábado (11) dois de seus cachorros da raça Dog Alemão começaram a brigar.

Durante a briga um mordeu a orelha do outro e depois soltou, mas vinte minutos depois teriam começado a brigar novamente e um mordeu dentro da boca do outro e não queria mais soltar. Nesse momento o veterinário disse que jogou água nos cães para separá-los, mas não conseguiu.

Com a ajuda de seu funcionário ele conta que puxou os cachorros, mas mesmo assim não se soltaram. Nesse momento ele pegou o cabo de um rodo e bateu no focinho de um dos cachorros que então se soltaram. Momento depois abriu o portão de casa e três de seus cães saíram.

Ele teria saído de carro e conseguiu recolher os animais, porém quando chegava em sua casa encontrou a presidente de uma ONG da cidade acompanhada de alunas e funcionárias de uma escola de idiomas e foi questionado sobre o motivo estar espancando seus animais. O veterinário conta que explicou sobre a briga dos animais à mulher.

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