Veja nomes de suspeitos de planejar atos terroristas, entre eles campo-grandense

Operação Hashtag cumpriu 31 mandados

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Operação Hashtag cumpriu 31 mandados

Além do campo-grandense Leonid El Kadri, estudante de engenharia mecânica morador de Campos de Júlio (MT) detido pela Polícia Federal, a revista Veja traz outros 14 nomes de suspeitos de tramarem ataques terroristas durante a Olimpíada do Rio de Janeiro. 

Valdir Pereira da Rocha se entregou nesta sexta-feira (22) à Polícia Federal na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) e é o décimo primeiro preso que será transferido para o presídio Federal em Campo Grande. Um suspeito de integrar o grupo segue foragido e outros dois  foram conduzidos coercitivamente para depor.

Dez deles já presos na Operação Hashtag foram transferidos para o presídio Federal em Campo Grande na manhã desta sexta-feira (22). A operação cumpriu 31 mandados judiciais, entre prisões, buscas e conduções coercitivas na quinta-feira (21).

De acordo com a revista Veja, os suspeitos (alguns deles adotaram nomes árabes ou falsos para se comunicar nas redes sociais) são : Alisson Luan de Oliveira, Antonio Andrade dos Santos Junior (Antonio Ahmed Andrade), Daniel Freitas Baltazar (Caio Pereira), Hortencio Yoshitake (Teo Yoshi), Israel Pedra Mesquita, Leandro França de Oliveira, Leonid El Kadri de Melo (Abu Khalled), Levi Ribeiro Fernandes de Jesus (Muhammad Ali Huraia), Marco Mario Duarte (Zaid Duarte), Matheus Barbosa e Silva (Ismail Abdul-Jabbar Al-Brazili), Mohamad Mounir Zakaria (Zakaria Mounir), Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo (Ali Lundi), Valdir Pereira da Rocha (Valdir Mahmoud) e Vitor Barbosa Magalhães (Vitor Abdullah). Da lista, dois suspeitos foram conduzidos coercitivamente para depor. El Kadri e Pereira da Rocha já foram condenados por homicídio.

Operação

Cerca de 130 policiais cumpriram mandados judiciais expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba, sendo 10 prisões temporárias, 2 conduções coercitivas e 19 buscas e apreensões, nos estados do Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

As investigações tiveram início em abril com o acompanhamento de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal. Os envolvidos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e até mesmo no exterior. Uma ONG com atuação na área humanitária e educacional também é investigada por participação no caso.

Na quinta, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que a prisão de dez suspeitos de planejarem atos terroristas contou com informações repassadas por setores de inteligência de outros países.

Os presos pela PF na operação teriam feito um juramento por meio de uma cerimônia conhecida como “Batismo”, na qual asseguram que vão praticar atentados em nome da causa muçulmana. Foi apurado que um dos presos chegou a comprar armas no Paraguai. Ele entrou em um site de venda clandestina de material bélico e encomendou um fuzil russo AK-47. (Matéria atualizada para acréscimo de informações)