Mulher foi agredida na frente dos filhos

Uma jovem, de 25 anos, foi agredida pelo ex-marido em frente a sua casa, no Bairro Parati, na noite desta segunda-feira (12), e ao procurar a (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), em foi orientada a tirar fotos dos hematomas e procurar uma UBS (Unidade Básica de Saúde). Conforme a vítima, agentes se recusaram duas vezes, a fazer o registro da ocorrência manualmente. O (Sistema Integrado de Gestão Operacional), está fora do ar, desde às 12h, desta segunda-feira (12).

A vítima relatou ao Jornal Midiamax, que possui três filhos em comum com o suspeito, de 4, 3, 1 ano e 7 meses, porém estão separados a dois anos. Segundo a jovem, ela já possui uma medida protetiva contra o suspeito, e as agressões começaram depois que ela reclamou do horário que ele entregou as filhas dirigindo um carro sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação). 

“Ele foi deixar uma das minhas filhas em casa sem CNH. Ele tem que entregar minhas filhas no domingo, mas como tinha uma festa de aniversário ele me pediu para levá-las na segunda-feira. Eu aceitei, mas o combinado era às 17h e eles só apareceu as 19h. Fui agredida por ele e por sua atual mulher”, relata a jovem.

A jovem seguiu direto para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento), da Vila Piratiniga e foi orientada a procurar a Deam. Na Delegacia da MUlher chegou a passar pela psicóloga, mas o atendimento parou no momento do registro do boletim de ocorrência. “Como eu tenho lesão corporal preciso do b.o para passar pelo exame de corpo de delito, mas sem sistema, me orietaram a tirar fotos dos hematomas e procurar um médico. Na UPA Leblon, o médico me informou que não poderia me dar um laudo, pois isso é de responsabilidade de um perito”, explica.

Em uma ligação na manhã desta terça-feira (13), a vítima foi informada que o boletim poderia ser feito manualmente, mas ao chegar no local a história mudou e novamente não conseguiu registrar a ocorrência.

TERCEIRA VEZ EM UM ANO

Essa é a terceira vez no ano de 2016, que o sistema essencial da segurança pública de MS fica fora do ar. O problema também ocorreu em junho e agosto. Órgãos externos como, Ministério Público, Defensoria Pública e veículos de imprensa estão sem acesso ao sistema. Em junho foram três semanas fora do ar, e na época, a delegacia virtual afirmou que o problema seria um problema no servidor do Estado.

Segundo a assessoria de comunicação da (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), O contrato estava em análise na Procuradoria Geral do Estado, sendo aprovado ontem (Segunda-feira) no final da tarde e assinado hoje. A análise realizada pela PGE foi necessária por se tratar de um novo contrato. O sistema estará normalizado ainda nesta terça-feira (13).

SIGO

Em operação no Estado desde 2006, o Sigo é um software disponibilizado por uma empresa terceirizada, utilizado pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para armazenar dados das ocorrências atendidas pela Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e outras unidades de segurança do Estado tendo como objetivo dinamizar o atendimento à população. O Sigo substituiu o antigo modelo de registro de ocorrência manual.