Sindicalista preso por pornografia infantil paga R$ 2,9 mil para deixar a cadeia
Responderá em liberdade
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O diretor de comunicação e relações públicas Moisés Sanches Marques, de 38 anos, preso por armazenar pornografia infantil, pagou fiança de R$ 2,9 mil e deve ser liberado nas próximas horas. O valor foi determinado pelo juiz da 5ª Vara Federam de Campo Grande durante audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (1º).
Agente patrimonial no Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Moisés foi preso na manhã desta quarta-feira (30) durante a Operação Patruus II, da Polícia Federal. Segundo a polícia, o sindicalista utilizava o computador do Sindasp-MS (Sindicato dos Agentes de Segurança Patrimonial Públicos de Mato Grosso do Sul), para acessar conteúdos pornográficos envolvendo adolescentes, através de um site pago.
No início desta tarde, o agente patrimonial passou por audiência de custódia. Segundo informações apuradas pelo Jornal Midiamax, inicialmente, o delegado responsável pelo caso arbitrou fiança de 10 salários mínimos. Em juízo, a defesa do sindicalista conseguiu a redução do valor, alegando a falta de condições financeiras do suspeito para efetuar o pagamento.
Foi determinado então o pagamento de R$ 2.933. A família do agente patrimonial pagou a fiança e um alvará de soltura foi emitido pelo juiz e encaminhado para a Polícia Federal, de onde o suspeito deve ser solto nas próximas horas, para responder o processo em liberdade.
De acordo com a advogada Luzia Cristina Herradon Pamplona Fonseca, responsável pela defesa de Moisés, o servidor pagou para acessar o site de pornografia adulta e não sabia que entre o conteúdo havia imagens de adolescente. Ela explicou que ele comprou o acesso, mas não tinha conhecimento sobre a pornografia infantil, ao contrário do que foi divulgado.
Além do diretor, preso por armazenar material de pornografia infantil, um suspeito foi detido também em flagrante e uma mulher, de 26 anos, indiciada pelo mesmo crime. Um terceiro homem foi preso por tráfico de drogas.
A operação
A Polícia Federal recebeu denúncias em convênio com o órgão americano NCMEC (Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas, em português). Nas investigações, os policiais conseguiram identificar linhas de internet em que eram feitos downloads e uploads de imagens pornográficas envolvendo crianças e adolescentes.
A partir dos endereços de IP dos computadores, os agentes localizaram os responsáveis e cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, 11 em Campo Grande e um em Bonito. Nesta quarta-feira, foram realizadas ações no Jardim Leblon, Moreninhas, Jardim Colúmbia e Piratininga.
A operação começou em junho deste ano, quando um homem foi preso por abusar da sobrinha e compartilhar vídeos que gravava dos abusos, com outros pedófilos. O homem é cadeirante e morava com a mãe, mas o irmão dele que morava nas proximidades costumava deixar os três filhos aos cuidados do criminoso.
Os abusos aconteceram várias vezes, conforme constatado pela Polícia Federal. “A PF conta com uma ferramenta que é instalada agora e detecta em tempo real onde está sendo acessada uma imagem pornográfica ligada à pedofilia”, disse o delegado Marcelo Alexandrino de Oliveira, coordenador da operação e chefe da Delegacia de Defesa Institucional. (Matéria alterada às 17h44 para acréscimo de informação)
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