Sem contrato há mais de um ano, empresa alega não ter como manter Sigo ‘sozinha’

O sistema não funciona desde segunda-feira

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O sistema não funciona desde segunda-feira

Sem contrato com o Governo do Estado há mais de um ano, a empresa Compnet, responsável pelo gerenciamento do SIGO (Sistema Integrado de Gestão Operacional) afirmou que não tem mais como manter o sistema ‘sozinha’. Como a equipe reduzida e sem receber desde agosto de 2015, a empresa em apresentando dificuldades na manutenção do sistema.

O contrato entre o governo e a empresa foi assinado em agosto de 2011 com um valor de R$ 1 milhão por ano. No ano passado o documento venceu e desde então não houve renovação do contrato. “O Sigo tinha três contratos, o primeiro venceu no dia 2 de fevereiro de 2015, o segundo em 1º de abril e o último no dia 15 de agosto”, explicou o presidente da empresa sul-mato-grosense, Adriano Chiarapa.

Mas, segundo o presidente, os problemas de agravaram no início desde ano. Com falta de pagamento e sem um contrato, a empresa começou a apresentar dificuldades financeiras e redução da equipe, o que refletiu na manutenção do sistema. “Um problema que antes eram resolvidos em dois dias, agora leva duas semana”, justifica Adriano.

Em março de 2016, em uma tentativa de resolver a situação, a empresa ‘perdoou’ a divida do governo. Segundo o presidente da Compnet, depois de ouvir que a administração não teria como pagar, foi fechado um acordo de que esse valor seria esquecido, sobre a promessa de um novo contrato.

“Não existe absolutamente nenhuma pressão, o que queremos é sensibilizar que nossa empresa não tem mais como funcionar sem o contrato e a demora prejudica nossa empresa que é sul-mato-grossense. O que espanta é que é um processo que já existia e está todo esse tempo sem a renovação” afirmou Adriano.

Quando as falhas citadas pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) durante um evento na manhã desta quinta-feira (15), Adriano que não tinha conhecimento e que os problemas só foram identificados ‘durante a gestão do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa.

Pela terceira vez no ano, o Sigo parou e desde segunda-feira (12) apresenta erro. Sem o sistema, a Polícia Civil, Militar e o Corpo de Bombeiros, não consegue registrar boletins de ocorrência, verificar nomes e passagens e também placas de carros. Situação que está refletindo nas delegacias. Algumas deixaram de atender a população por falta do Sigo.

Falhas e soluções

Nesta quinta-feira (15), durante evento de lançamento do projeto ‘Mãos Que Constroem’, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi novamente questionado sobre os problemas do SIGO. “Só vamos renovar o contrato, que herdamos do governo anterior, com toda a segurança jurídica”, afirmou.

Azambuja ainda declarou que existe uma pressão da empresa, mas que o Estado não vai ceder a pressões “de quem quer que seja”. O governador ainda pontuou que existem várias falhas no contrato, que devem ser ajustadas para que seja feita a renovação. Anteriormente, foi declarado que a empresa recebe mais de R$ 800 mil por mês para oferecer o serviço e eles alegam que não recebem desde março, quando o contrato foi encerrado.

O governador ainda afirmou que não tira a liberdade da empresa responsável pelo SIGO de cobrar os direitos, mas que só renovará o contrato dentro dos parâmetros legais para isso.

 

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