Preso por estupro, procurador fica calado em depoimento de 15 minutos
Ele será indiciado por três crimes
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Ele será indiciado por três crimes
Durou apenas 15 minutos o depoimento à Polícia Civil do procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, 51 anos, que está preso desde o dia 24 de junho, suspeito de 3 crimes envolvendo crianças e adolescentes. Zeolla, que já foi condenado por matar o sobrinho, Cláudio Zeolla, de 23 anos, em 2009, ficou em silêncio diante das perguntas do delegado Mário Donizete Ferraz Queiroz, da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Conforme o delegado, foram oito perguntas ao procurador sobre as acusações que pesam contra ele e, para todas, não houve reação. Com esse comportamento, uma fala de Zeolla sobre os supostos crimes fica só para quando o caso chegar à Justiça. Ele vai ser indiciado por estupro de vulnerável, exploração sexual de criança e adolescente e fornecimento de bebida alcoólica a menor de idade.
O inquérito se encerra hoje. Faltava apenas o depoimento de Zeolla, que foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e levado direto para o Centro de Triagem do Complexo Penal de Campo Grande, uma medida que gerou questionamentos.
Deste então, a Polícia Civil aguardava para a oitiva dele. A espera levou 10 dias. Zeolla chegou à delegacia em uma viatura da Polícia Civil, sentado no banco de trás. Foi escoltado por dois policiais, o que dirigia o veículo e o outro no banco de passageiro da frente. Ele estava no banco de trás da viatura Blazer. Desceu do carro em silêncio e não quis conversar com os jornalistas.
Segundo informações da polícia, a delegacia especializada já investigava o crime de estupro e fez o pedido de prisão do procurador aposentado. O que já foi apurado indica que os crimes envolvem 3 meninos, de 13, 11 e 10 anos, que teriam sido abusados pelo procurador, com promessas de presentes, entre eles viagens à Europa. Tudo teria sido descoberto depois de um dos garotos revelar à mãe, durante uma discussão.
As apurações indicam que Zeolla frequentava o Loteamento Nova Serrana,onde os garotos moravam, com a desculpa de ajudar a família das vítimas . Uma das perguntas feitas a ele foi justamente sobre o motivo pelo qual circulava pelo lugar, mas o procurador optou pelo silêncio.
Crime em 2009
Carlos Alberto Zeolla ficou conhecido depois de um outro crime. Em 2011, ele foi condenado por matar o sobrinho, Claudio Zeolla, de 23 anos, em 2009. A condenação foi em regime semiaberto, mas ele obteve autorização para ficar internado em uma clínica e até ser preso, estava cumprindo pena em casa. Ele continua recebendo salário, superior a R$ 30 mil, do MPE (Ministério Público Estadual).
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