Polícia investiga pai denunciado por ‘vender’ filho de 9 anos a estuprador
O suspeito do crime teria saído da cidade
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O suspeito do crime teria saído da cidade
Depois de uma denúncia através do Disque 100, investigadores da Depca (Delegacia Especialista de Proteção à Criança e ao Adolescente) chegaram nesta quarta-feira (22) ao caso de um menino de 9 anos que era ‘vendido’ e abusado sexualmente, em Campo Grande. Para a polícia, o menino contou que era obrigado pelo pai a dormir com um homem frequentemente.
Assim que tomou conhecimento dos abusos, uma equipe da delegacia especializada foi até a casa onde o garoto mora atualmente e em conversas conseguiu convencer a vítima a contar tudo o que se passava. O menino então relatou que morava com o pai, um trabalhador rural de 56 anos, e neste período era ‘vendido’ por ele a um homem desconhecido.
Em troca do dinheiro, a criança era obrigada a dormir com o suspeito. Segundo o delegado Paulo Sérgio Lauretto, houve conjunção carnal e os danos psicológicos por conta dos abusos são visíveis no menino.
Ainda conforme o delegado, desde maio o menino não mora mais com o pai e sim com parentes próximos que descobriram o caso, mas preferiram não denunciar o estuprador à polícia. Para os policiais, os familiares afirmaram que tentaram conversar com a criança, mas ela não falou sobre o assunto.
O mesmo caso também foi denunciado meses antes para o Conselho Tutelar, que foi até o local e falou com o menino, que novamente negou o que estava acontecendo. Só nesta quarta-feira ele conversou e contou tudo para os investigadores e psicólogos da Depca.
De acordo com o delegado, será feito o pedido de medidas protetivas para a criança, pois mesmo não morando mais com o pai, ainda tem contato com ele. “O suspeito de cometer o crime teria fugido da cidade e agora vamos investigar o caso, que também vai ser enviado para o conselho tutelar”, explica o Lauretto.
Disque 100
O Disque Direitos Humanos (Disque 100) é um meio exclusivo para denúncias de violações de direitos humanos de crianças e adolescentes. Segundo Lauretto, Campo Grande recebe em média duas denúncias de estupro de vulnerável, ou agressões por dia.
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