Polícia contém rebelião em presídio onde está suspeito de matar Rafaat
Motim teria tido participação de facção criminosa do Brasil
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Motim teria tido participação de facção criminosa do Brasil
As forças de segurança pública do Paraguai conseguiram conter a rebelião desencadeada na manhã desta quarta-feira (13) na Unidade Prisional de Segurança Máxima de Tacumbú, em Assunção. Dois agentes carcerários chegaram a ser feitos reféns no presídio onde está o brasileiro Sérgio Lima dos Santos, de 34 anos, acusado pelas autoridades paraguaias de ter efetuado os disparos de metralhadora antiaérea calibre .50 que mataram o narcotraficante Jorge Rafaat Tounami, o “Rei da Fronteira”, em Pedro Juan Caballero no dia 15 de junho.
As negociações para acabar com o motim iniciado às 7h de hoje envolveram pelotões da FOPE (Força Operacional de Polícia Especializada), que descartaram a necessidade do uso de força após acordo com os detentos. Nessa unidade de segurança máxima também cumpre pena Jarvis Chimenes Pavão, que as autoridades do Paraguai apontam como possível mandante da morte de Rafaat.
O jornal ABC Color acompanhou toda a rebelião desde o início e anunciou no final da manhã de hoje o desfecho, citando falas creditadas ao chefe do FOPE, Enrique Isasi. “Falamos com eles, escutamos suas reivindicações. Dizem que há dias são maltratados”, afirmou a autoridade policial à imprensa paraguaia.
A publicação relatou ainda que dois agentes carcerários foram rendidos durante vistoria de rotina nesta manhã; um deles foi ferido na cabeça. A partir informações repassadas pelo diretor de Instituições Penais, Artemio Vera, o ABC Color afirmou que cinco prisioneiros – dois deles ligados a uma facção criminosa do Brasil – iniciaram o motim. Ao todo, 75 detentos teriam participado da ação.
Não foi divulgada informação sobre feridos entre os presidiários. O brasileiro Sérgio Lima dos Santos foi transferido para Tacumbú no dia 5 deste mês, por ordem judicial, já que estava numa cela improvisada de outra unidade onde recebia tratamento médico para os ferimentos que sofreu, segundo as investigações, no confronto com seguranças de Rafaat durante o ataque em Pedro Juan Caballero, a 500 metros da fronteira com Ponta Porã, município sul-mato-grossense distante a 313 de Campo Grande.
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