Pistoleiro que executou Rafaat é transferido para penitenciária por ordem judicial

A unidade prisional chegou a recusar o brasileiro

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A unidade prisional chegou a recusar o brasileiro

O brasileiro Sergio Lima dos Santos, de 34 anos, suspeito de puxar o gatilho da metralhadora calibre .50 no ataque que matou o empresário Jorge Rafaat Toumani, foi transferido na tarde de terça-feira (5) para a penitenciária de Tacumbú, onde devera ficar preso por ordem do juiz Edgar Ramirez. Desde o dia 15 de junho o homem estava internado em um hospital da capital paraguaia, Assunção.

De acordo com o site Porã News, inicialmente, a direção da unidade prisional se manifestou alegando que estava temporariamente fechada devido à superlotação e por isso uma resolução ministerial impedia a transferência do pistoleiro para a penitenciária. No local, segundo a direção, estão 4.300 internos, enquanto a capacidade é de 1.687 prisioneiros. Pistoleiro que executou Rafaat é transferido para penitenciária por ordem judicial

Ainda assim, o juiz Edgar Ramirez ordenou a transferência de Sérgio para Tacumbú, cidade vizinha a Assunção e a unidade foi forçada a abrigar o pistoleiro. Nesta tarde, um grupo especializado da Polícia Nacional Paraguaia fez a transferência do suspeito do hospital que estava internado desde o dia do crime.

Na data o brasileiro foi atingido por um tiro no rosto durante uma possível troca de tiros com os seguranças de Rafaat  em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã, a 313 quilômetros de Campo Grande.

Execução

O assassinato ocorreu no dia 16 deste mês e intensificou o conflito entre traficantes brasileiros e paraguaios que disputam o controle pelo tráfico de drogas na fronteira. Rafaat era dono de uma rede de lojas Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com o Brasil, e foi executado por homens fortemente armados.

A suspeita é de que os envolvidos tenham ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa criada em São Paulo, ou com o CV (Comando Vermelho) comandado por criminosos do Rio de Janeiro.

Na madrugada do dia 17, o escritório de segurança privada de Rafaat foi alvo de um grupo armado com fuzil 762. Eles atiraram contra o prédio, além de render um guarda que fazia segurança no local. Ele foi desarmado e teve a escopeta calibre 12 e uma pistola 9mm tomadas pelo grupo.

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